Obra de recuperação do molhe de proteção do Porto Suape em ritmo acelerado


As boas condições climáticas vêm favorecendo o avanço no cronograma de intervenções no paredão de proteção do porto. Até março, 17% dos serviços foram concluídos

Em pouco mais de seis meses desde o início dos trabalhos, a quarta e última etapa de requalificação do molhe de abrigo do Porto de Suape vai de vento em popa. Nesse período, favorecido pelas boas condições climáticas, foram realizados 17% dos serviços. O pacote de obras tem custo total de R$ 123 milhões e teve início em outubro de 2024, com prazo de conclusão estimado em 47 meses, ou seja, agosto de 2028. Trata-se da maior intervenção de recomposição da barreira de proteção em 46 anos de funcionamento do atracadouro e os serviços vão garantir a segurança do porto externo pelas próximas quatro décadas.

A obra é uma ação fundamental para conter a força das marés altas, permitindo que as operações sejam realizadas com segurança e com menor interferência de correntes marítimas e ondas. “É uma intervenção muito importante para garantir o bom funcionamento das atividades portuárias, além de deixar o nosso porto com infraestrutura robusta para atender as exigências do mercado internacional em relação aos desafios impostos pelas mudanças climáticas”, pontua o diretor-presidente do Complexo de Suape, Armando Monteiro Bisneto.

De acordo com o titular da estatal portuária, a celeridade da obra reforça ainda mais a proteção do porto externo, onde se encontram os PGLs (Píeres de Granéis Líquidos), cuja movimentação representou 64,1% do total das operações de Suape em 2024. “Pelo cronograma, a projeção era concluir 10% da intervenção em abril de 2025. Mas pelo ritmo acelerado dos serviços, já superamos em 70% a previsão inicial do calendário, resultando numa boa folga para a redução prevista no decorrer do período chuvoso, entre junho e agosto”, ressalta Armando Bisneto.

A obra vem sendo realizada pela construtora Venâncio, que venceu a licitação para recuperação de 1,8 quilômetro da estrutura de pedra, que funciona como barreira de proteção dos berços do porto externo. Dos recursos destinados à intervenção, R$ 73 milhões são de receita própria e R$ 50 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC3), por meio do Ministério de Portos e Aeroportos. A ordem de serviço ocorreu em outubro do ano passado, durante solenidade no Palácio do Campo das Princesas, com a presença da governadora Raquel Lyra.

ETAPAS

A exemplo das três últimas fases do serviço de recomposição da estrutura, está prevista a colocação de blocos de pedra que variam de 300 quilos a 12 toneladas. A terceira etapa da obra, finalizada no final do primeiro semestre do ano passado, resultou na recuperação de um trecho de 940 metros que vinha sendo reforçado desde 2018 com um volume de 78.120 metros cúbicos do material rochoso, ao custo de cerca de R$ 68 milhões. Já nas segunda e primeira fases, foram requalificados 260 metros da estrutura, ao custo de R$ 45,1 milhões.

Anterior Aprovação de licitação do Canal de Acesso atrai investidores belgas ao Porto de Paranaguá
Próximo UniSENAI abre inscrições para simpósio internacional sobre inteligência artificial