O Brasil participou, pela primeira vez, da International Halal Expo/World Halal Summit, realizada entre 26 e 29 de novembro no İstanbul Expo Center, na Turquia. Considerado o principal encontro mundial dedicado à economia halal, o evento reuniu empresas e compradores de diversos países ligados aos setores de alimentos, cosméticos, têxtil e saúde.
Nesta edição, o país montou um estande próprio de 12 m², marcando sua entrada oficial na feira. A iniciativa reforça o interesse brasileiro em ampliar a presença em um mercado que cresce de forma consistente e que exige produtos com certificação específica.
No estande, foram apresentados café, amendoim, gergelim, chia, feijão e milho, produtos que têm ganhado espaço em regiões de maioria muçulmana. A escolha aponta para um movimento de diversificação da pauta exportadora, indo além das proteínas animais, área na qual o Brasil já atua de forma consolidada com carnes certificadas.
A ampliação desse portfólio acompanha uma realidade conhecida: o Brasil é, hoje, o maior exportador de alimentos halal do mundo e vem aumentando o número de produtos certificados, respondendo à expansão contínua desse mercado.
A Turquia, anfitriã do evento, possui mais de 85 milhões de habitantes e é um destino relevante para o agro brasileiro. Em 2024, o país importou mais de US$ 3 bilhões em produtos agropecuários do Brasil, com destaque para complexo soja, fibras, produtos têxteis e café.
A participação na Halal Expo 2025 representa um passo para fortalecer a imagem do Brasil como parceiro confiável e abrir novas oportunidades de negócios. O mercado halal não se concentra apenas no Oriente Médio: envolve também países da Ásia, da África e consumidores espalhados em diversas outras regiões. Estima-se que 1,9 bilhão de pessoas no mundo sejam muçulmanas, o que amplia a demanda por produtos certificados.
O que é halal?
Halal é um termo árabe que significa “lícito” ou “permitido”. No dia a dia, ele se refere a alimentos, cosméticos e produtos farmacêuticos que seguem as orientações da sharia, o código de leis islâmico. Para os muçulmanos, apenas itens que respeitam esses critérios, que envolvem origem, modo de produção e rastreabilidade, podem ser consumidos. O selo halal atesta que o produto cumpre essas exigências.



