Intenção de investimento da indústria é a maior desde 2014, mostra CNI


A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta sexta-feira que o índice de intenção de investimento do setor aumentou 0,6 ponto entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Com isso, o indicador apresentou o quarto aumento consecutivo e alcançou 56,1 pontos. O valor é 3,1 pontos superior ao registrado em janeiro de 2018 e o maior desde abril de 2014, quando marcou 57,7 pontos – quanto maior o valor, maior a intenção de investir.

De acordo com a CNI, as expectativas dos empresários já eram otimistas e tornaram-se “ainda mais positivas” no início de 2019. Os índices de expectativa de demanda, compras de matérias-primas e quantidade exportada cresceram mais de 2 pontos cada entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019. Todos os índices se distanciaram dos 50 pontos, em especial o de expectativa de demanda — que superou 60 pontos, o que não acontecia desde abril de 2013.

As melhores expectativas são registradas mesmo com recuos em indicadores de dezembro, o que é atribuído pela entidade à sazonalidade do fim do ano. O Uso da Capacidade Instalada (UCI), por exemplo, ficou em 65%, uma queda de 4 pontos percentuais na comparação com novembro, mas um aumento de um ponto percentual em relação há um ano.

Produção

De acordo com a entidade, a produção industrial também recuou em dezembro por conta do fim das encomendas para o período de fim de ano. O índice do mês ficou em 40,7 pontos – o indicador marcou 48,3 em novembro e em 42,4 há um ano.

O emprego industrial também teve queda na passagem de novembro para dezembro. O índice do último mês do ano ficou em 47,2 pontos – recuo em relação aos 49,1 de novembro e aos 47,6 de dezembro de 2017.

Já os estoques terminaram o ano em nível mais abaixo do planejado do que em anos anteriores, o que sugere aumento adicional da produção nos próximos meses para a recomposição. O índice de evolução dos estoques de dezembro de 2018 ficou em 46,6 pontos – abaixo dos 48,8 de novembro, mas acima dos 46,4 de dezembro de 2017. O número segue abaixo da linha divisória de 50 pontos. Valores acima desse limite indicam crescimento do nível de estoques ou estoque efetivo acima do planejado.

Finanças

As condições financeiras das empresas pioraram no último trimestre de 2018. O índice de satisfação com o lucro operacional recuou de 42,4 pontos no terceiro trimestre para 42 pontos (42,8 no fim de 2017), enquanto o índice de satisfação com a situação financeira caiu de 46,9 pontos para 46,1 pontos (47,3 ao fim de 2017).

O índice de facilidade de acesso ao crédito permanece indicando dificuldades. O dado praticamente não se alterou entre o terceiro e o quarto trimestres de 2018, passando de 38,2 pontos para 38,3 pontos (eram 37,3 ao fim de 2017). Apesar do crescimento em um ano, o índice permanece abaixo da linha divisória de 50 pontos, o que significa dizer que o acesso ao crédito segue mais restrito que o normal.

A elevada carga tributária segue como o principal problema enfrentado pela indústria, seguido pela demanda interna insuficiente e pela falta ou alto custo de matéria-prima.

Fonte: Valor

Gerência de desinvestimento vai responder à presidência da Petrobras

Depois de assumir o comando da Petrobras com um discurso favorável à venda de ativos, Roberto Castello Branco propôs uma mudança no organograma da estatal para se aproximar mais da gestão do programa de parcerias e desinvestimentos da empresa. A gerência-executiva de aquisições e desinvestimento passará a atuar subordinada diretamente à presidência da companhia, e não mais à diretoria financeira.

A gerente de fusões e aquisições da Petrobras, Ana Paula Saraiva, foi indicada para o comando da pasta e substituirá Anelise Quintão Lara, que deixa a gerência-executiva de aquisições e desinvestimentos para assumir a diretora de refino e gás natural. A informação foi publicada pelo site especializado Brasil Energia e foi confirmada pelo Valor com uma fonte.

A mudança e os nome de Ana Saraiva ainda serão apreciados pelo conselho de administração. A presidência da Petrobras já tem hoje sob o seu guarda-chuva as áreas de inteligência e segurança corporativa, jurídico, comunicação e marcas e o escritório de Brasília, além do gabinete da presidência.

Fonte: Valor

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