por Leandro Marchioretto

Nas últimas semanas, vimos o dólar sofrer uma escalada, em razão principalmente das pesquisas eleitorais para presidente no Brasil. O mercado ficou agitado e buscou proteção depois de receber a informação de que o ex-presidente Lula, condenado em segunda instância na Lava-Jato, está à frente nas pesquisas eleitorais. A preocupação do mercado financeiro é com a possível transferência desses votos para outro candidato da legenda, Fernando Haddad, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirme a impossibilidade de participação de Lula pela Lei da Ficha Limpa.

O candidato Geraldo Alckmin, que possui uma ligação de ideias e projetos com o que pensa o mercado financeiro, não parece ter forças para chegar ao segundo turno, ou seja, de agora até o dia da eleição, estaremos nessa montanha russa de preocupações e esperança. Com esse aumento das incertezas, muita volatilidade está no horizonte.

Vamos ver como o Banco Central vai se comportar nas próximas semanas, pois, apesar de ainda não demonstrar, ele tem condição de intervir no mercado para amenizar essa escalada. Até lá, importadores, agentes de cargas e qualquer pessoa física ou jurídica que precise enviar valores ao exterior ou viajar terão que pagar caro pela moeda. Nesse momento, fazer qualquer previsão é chute, pois a qualidade das informações e impactos são rasos. Por outro lado, exportadores e quem está recebendo valores do exterior estão aproveitando o momento. Mesmo assim, muita calma nessa hora!

* O autor é diretor comercial da Advanced Corretora e fundador do canal Câmbio na Veia

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