partir de 1º de agosto, a mistura obrigatória de etanol na gasolina passará de 27% para 30% e a do biodiesel no diesel de 14% para 15%, dando mais sustentabilidade á frota brasileira e ajudando a reduzir os custos ao consumidor. O aumento dos percentuais foi aprovado nesta quarta-feira (25) pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), colegiado do qual faz parte o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A decisão está em linha com a Lei do Combustível do Futuro, aprovada no ano passado, e com as diretrizes da Missão 5 (Bioeconomia e Descarbonização) da Nova Indústria Brasil (NIB). Além disso, com o E30 e o B15, o Brasil volta a ser autossuficiente em gasolina após 15 anos, segundo o Ministério das Minas e Energia, que coordena o CNPE.
“A política de biocombustíveis é, para nós, um modelo que ninguém vai conseguir competir com o Brasil”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a reunião do colegiado. “Queria que vocês compreendessem que estamos tentando fazer o possível para esse país mudar de patamar”, complementou.
Para o presidente, os aumentos de etanol na gasolina e de biodiesel no diesel transmitem uma mensagem importante ao restante do mundo, principalmente pela proximidade da COP 30, marcada para ocorrer em novembro em Belém (PA). “Na transição energética, vocês são parceiros fundamentais para a gente entrar nessa COP de cabeça erguida”, disse Lula aos empresários do setor.
Segundo estimativas, a redução do preço nas bombas pode chegar a 20 centavos. É esperado que a transição do E27 para o E30 promova mais de R$ 10 bilhões em investimentos, assim como a criação de 50 mil postos de trabalho.
A aprovação do B15, por sua vez, representa um avanço importante para a descarbonização do transporte pesado. A medida reforça o papel estratégico dos biocombustíveis na construção de uma matriz de transporte mais limpa e sustentável.
A implementação do E30 e do B15 também contribuirá para a redução da dependência brasileira de combustíveis fósseis, com menos necessidades de importações num momento de incertezas no mercado global.
Foto: Claudio Kbene / PR