O secretário especial adjunto de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, João Rossi, ressaltou nesta quinta-feira (9/6) a oportunidade de o Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) discutir formas pragmáticas de aprofundar a parceria econômica entre seus membros. “Mais do que nunca, é crucial assegurarmos a abertura, eficiência, estabilidade e resiliência das cadeias de abastecimento globais e regionais, considerando o comércio de bens e serviços”, apontou, durante videoconferência da 12ª Reunião de Ministros de Comércio do bloco.
O representante brasileiro destacou que, em 2021, as exportações dos países do Brics para o mundo cresceram 23,4%, atingindo um total de US$ 4,3 trilhões. Considerando apenas as exportações intra-Brics, o aumento no ano passado foi de 32,6%, chegando a US$ 451 bilhões. “Esses números demonstram não apenas a força do nosso grupo, mas também indicam o nosso potencial inexplorado “, declarou Rossi.
A reunião tratou de pautas discutidas ao longo do primeiro semestre pelo Grupo de Contato sobre Temas Econômicos e Comerciais (CGETI, na sigla em inglês), copresidido no Brasil pelos Ministérios da Economia e das Relações Exteriores. As autoridades debateram questões como sistema multilateral de comércio e reforma da OMC, economia digital, cadeias de valor, comércio e investimentos para o desenvolvimento sustentável.
Reunião de Cúpula
O encontro dessa quinta antecede a 14ª Reunião de Cúpula do Brics, a ser realizada nos próximos dias 23 e 24 de junho, também em formato virtual. A Cúpula de 2022 foi divulgada pela presidência de turno chinesa como uma oportunidade de os países-membros trabalharem para promover o espírito de abertura, inclusão e cooperação ganha-ganha, além de fortalecer a cooperação prática em todos os campos e embarcar em uma nova jornada de parcerias do grupo.
