Celulose puxa exportação por via marítima e faz Brasil bater recorde mundial


As exportações por via marítima bateram recorde no primeiro trimestre deste ano, com 164,1 milhões de toneladas, o que representa crescimento de 7,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento foi realizado pela Associação de Terminais Portuários Privados (ATP) e disponibilizado no DATaPort, banco de dados do setor a partir de informações oficiais. O montante corresponde a US$ R$ 67,2 bilhões, um aumento de 4,7% na mesma comparação.

De acordo com o levantamento do DATaPort, realizado com base em informações do Portal do Comércio Exterior do Brasil, China, Estados Unidos, Malásia, Holanda e Japão lideraram o ranking dos maiores destinos das exportações, respectivamente.

Esse aumento das exportações teve a contribuição do desempenho da celulose, que, depois de destacar o Brasil como o maior exportador da mercadoria em 2022, mantém sequência de recordes. No primeiro trimestre deste ano, alcançou sua maior quantidade exportada na história, em comparação com o mesmo período de anos anteriores. Foram 5 milhões de toneladas exportadas, o que representa salto de 17,5% em relação ao período passado. Equivale a US$ 2,3 bilhões, aumento expressivo de 33,6%.

A Suzano, associada à ATP e maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, é parte desse novo paradigma de protagonismo brasileiro no comércio de papel e celulose. Em acordo com a Cosco, uma das maiores empresas de navegação do mundo, a empresa prevê a construção de mais 17 embarcações para o transporte de material celulósico e futuras colaborações com a própria Cosco e a China Paper Company, grandes players do mercado chinês, principal parceiro do Brasil no comércio de celulose.

O milho é outra mercadoria de destaque com recuperação expressiva em relação ao primeiro trimestre de 2022, com projeção otimista para este ano. Foram 9,8 milhões de toneladas escoadas, o que representa crescimento de 178,6%, quase o triplo dos 3,5 milhões movimentados no mesmo período do ano anterior. Segundo a ATP, os resultados refletem a boa safra brasileira. “Os números do terceiro trimestre mostram a recuperação do comércio exterior no Brasil”, ressalta Murillo Barbosa, diretor-presidente da ATP.

Os combustíveis minerais também ganharam destaque, com 24,1 milhões de toneladas exportadas em vias marítimas, o que equivale a um aumento de 19,9, em relação ao mesmo período de 2022.

 

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