China conclui primeiro teste em utilização de drone de grande porte em entrega de cargas


A maior empresa de serviços de logística da China, SF Express, concluiu recentemente seu primeiro teste com drone de grande porte na entrega de carga postal. Esta é a primeira vez que a China aplica o grande drone na logística.

O equipamento que entrou em operação experimental foi o drone FH-98, desenvolvido em conjunto pela SF Express e a Aerospace Times Electronics, com capacidade máxima de 5,25 toneladas, sendo atualmente um dos maiores da China. O drone decolou de Ningxia, China, no dia 21, e chegou à Mongólia Interior quase uma hora depois.

O drone tem vantagens como distâncias curtas de decolagem e pouso, alta velocidade de cruzeiro e baixo custo operacional, podendo ajudar, efetivamente, a resolver os problemas de inconveniência logística em áreas remotas e melhorar muito a eficiência do transporte local.

Uma vez que Ningxia tem uma variedade de formas de relevo, com população relativamente menor e um número limitado de voos, é adequada para a operação inicial de aeronaves recém-desenvolvidas. Portanto, Ningxia foi selecionada para a realização do piloto do drone de grande dimensão.

É relatado que, desde fevereiro deste ano, a Administração de Aviação Civil da China respondeu formalmente ao pedido da SF para a operação experimental de uma série de drones de logística. No momento, 9 rotas da SF foram aprovadas com sucesso para pesquisas científicas e pilotos de serviço.

No Brasil

Há 10 dias, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou pela primeira vez o uso de drones para serviços de entrega no Brasil. A licença foi dada à empresa Speedbird, que prestará serviços à startup de mobilidade e alimentação iFood.

A autorização foi dada em caráter experimental para o emprego de aeronaves não tripuladas. O certificado para os teste das operações de entrega foi fornecido com validade até agosto de 2021. A licença permite o controle dos drones em distâncias maiores, sem a necessidade de que o responsável esteja na linha visual do aparelho.

A permissão foi concedida para o modelo DLV-1, que pesa 9 quilos e pode transportar cargas de até 2 quilos com velocidade máxima de 32 km/h.

De acordo com a iFood, o aparelho não fará entregas diretas, mas facilitará o transporte de cargas entre locais com grande número de restaurantes e fornecedores de alimentação para espaços de onde entregadores levarão os produtos para as casas dos clientes.

Ele será utilizado no Shopping Iguatemi, em Campinas (SP), para percorrer distâncias da praça de alimentação até um ponto específico onde as refeições serão repassadas aos entregadores. Um segundo teste será o deslocamento até um outro ponto próximo a condomínios na região do shopping. Esta rota, de 2,5 quilômetros – que seria feita em 10 minutos normalmente – poderá ser realizada em 4 minutos pelo drone.

“Campinas tem uma característica positiva para esta decisão. Temos densidade de pedidos razoável e encontramos terreno que conseguimos colocar de pé com segurança, sem sobrevoar a cabeça das pessoas ou oferecer perigo para quem está no chão”, explicou à Agência Brasil o gerente de Inovação em Logística da iFood, Fernando Martins.

Ainda não há previsão para o início da operação em caráter experimental. Conforme o iFood, diante da pandemia a empresa ainda avalia o melhor momento de começar a utilizar o drone no modo de testes.

Fernando Martins relatou à Agência Brasil que após o teste, a empresa discutirá a expansão do recurso para outros locais. “Os próximos passos vão depender dessa fase de teste. estamos otimistas para aplicar para mais rotas e ir para mais cidades que a gente tem a possibilidade de mais de mil cidades no iFood e já mapeamos 200 cidades em que poderíamos colocar operação de drone”, afirmou.

Fonte: Global Times e Agência Brasil

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