China é maior mercado de 7 dos 10 principais itens exportados pelo Brasil


A importância da China na pauta brasileira tem sido crescente e impulsionada pelo aumento do volume exportado de commodities. Após crescer 51,4% entre junho de 2019 e 2020, o volume exportado para o país asiático avançou ainda mais em julho, com alta de 55% na comparação interanual de julho. Entre os dez principais produtos exportados pelo Brasil em julho, a China é o principal mercado para sete deles, aponta o boletim do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV). Considerando o cenário, diz o boletim, evitar tensões com os chineses continua na prioridade da política comercial do país.

Entre os principais produtos destinados à China estão soja em grão, minério de ferro e petróleo, que juntos respondem por 79% das exportações brasileiras para esse mercado. No acumulado até julho, destacam-se outros produtos como carne bovina (aumento de 160%) e suína (158%). O saldo da balança comercial de julho de US$ 8,1 bilhões, destaca o boletim, foi o maior na série histórica do mês e elevou o superávit acumulado no ano para US$ 30 bilhões. O resultado é explicado pela acentuada queda nas importações, de 35,2% entre os meses de julho de 2019 e 2020, e não por uma melhora nas exportações, que caíram 2,9% na mesma comparação.

A China foi a principal fonte de contribuição para o superávit da balança comercial seja no mês, com saldo de US$ 4,5 bilhões, ou no acumulado do ano até julho, com resultado de US$ 21,9 bilhões. A participação da China nas exportações ou nas importações brasileiras superou a dos principais parceiros no acumulado do ano até julho. No caso das exportações, a participação da China foi de 34,1%, enquanto a União Europeia, em segundo lugar, registrou fatia de 13,4%.

Quando se olha a participação do comércio por grandes regiões, a Ásia passa a responder por quase 50% das exportações brasileiras, seguida da Europa, com 18,7% dos embarques. A ascensão da participação da China na exportação brasileira não é conjuntural, diz a divulgação. Iniciada em meados da primeira década dos anos 2000, tem sido contínua e acompanhada de um aumento das commodities na pauta exportadora.

Fonte: Valor

 

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