Comissão Europeia vai investigar mega-fusão entre as fabricantes PSA e a Fiat Chrysler


 Comissão Europeia duvida da legitimidade competitiva da mega-fusão entre as fabricantes automóveis PSA (Peugeot, Citroën e Opel) e Fiat Chrysler Automobiles (FCA), noticiou a agência Reuters – como consequência dessa dúvida, irá lançar uma minuciosa investigação à operação, fixada nos 50 mil milhões de euros. O negócio, recorde-se, foi oficialmente confirmado no dia 18 Dezembro do ano passado.

Por se tratar de uma fusão que originará um colosso competitivo, a Comissão Europeia está de pé atrás sobre os contornos do negócio: as autoridades da concorrência da União Europeia afirmaram recentemente as suas reservas quanto a vários aspectos da fusão, em particular a elevada quota de mercado no segmento de comerciais ligeiros – uma preocupação que já foi comunicada à PSA e a Fiat Chrysler.

As duas construtoras já esgotaram o prazo limite para dar esclarecimentos às questões levantadas pelas autoridades, mas rejeitaram avançar com remediações à actual estrutura do negócio. Assim, Bruxelas irá lançar uma investigação cuidada à fusão, o que deverá prolongar-se por cerca de quatro meses. A proposta de fusão entre iguais prevê, recorde-se que o gestor luso Carlos Tavares assuma o cargo de CEO do novo colosso do sector.

Uma vez finalizada a mega-operação, estará criado o quarto maior grupo fabricante automóvel do mundo. Isto, claro, caso haja luz verde para tal, concedida pela Comissão Europeia. O CEO da PSA, Carlos Tavares, indicou em Abril que o processo de fusão estava a ser «acelerado» pelas equipas de ambas as empresas e que a pandemia da Covid-19 não alterou o calendário previsto para a concretização do negócios.

«A fusão é uma grande oportunidade de assumir uma posição mais forte na indústria automobilística,uma vez que o nosso objectivo é dominar a transição para um mundo de mobilidade limpa, segura e sustentável e fornecer aos nossos clientes produtos, tecnologia e serviços de classe mundial», comentava, em Dezembro, Carlos Tavares.

Com Reuters e Jornal de Negócios

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