Complexo portuário do Itajaí e Navegantes realiza centésima manobra com mega navio na nova bacia de evolução


O complexo portuário de Itajaí e Navegantes recebeu a centésima (100ª) manobra com navios de até 350 metros de comprimento e 48,50 metros de largura na Nova Bacia de Evolução. O navio de nome Skyros pertence ao armador Libra (bandeira da Libéria) e possui 300 metros de comprimento por 48,20 metros de largura (boca).

A embarcação partiu do Porto de Santos, litoral de São Paulo, e atracou na quinta de manhã, no berço 3 da Portonave, em Navegantes. Em janeiro deste ano, o navio “Valor” estreou a nova bacia de evolução e abriu um novo ciclo histórico para as operações de cargas no porto de Itajaí e seu Complexo Portuário num todo.

Numa grande união de forças mobilizadas pela Superintendência do Porto de Itajaí (Autoridade Portuária), em conjunto com a Autoridade Marítima (Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí/(Marinha), praticagem, terminais portuários (APM Terminals e Portonave) e empresas de rebocadores, a manobra entrou para a história e, desde então, semanalmente vem ocorrendo operações com giros de navios com até 350 metros de comprimento, em frente ao molhe da Marina Itajaí, na Baía Afonso Wippel (Saco da Fazenda).

Todos os navios programados para realizarem suas manobras de giro na área da nova bacia de evolução, ao entrarem ou ao saírem pelo canal de acesso do complexo portuário, são rebocados e, em seguida, realizam o giro de 180º. Posteriormente, seguem rebocados de ré até a área da bacia, ou até um dos berços de atracação dos terminais de Itajaí ou Navegantes.

O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Marcelo Werner Salles, vem acompanhando desde o início das manobras e nesta oportunidade em que o número de giros chega a cem operações, comemora pela realização do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes em estar recebendo navios de grande porte:

“Para nós este momento é emblemático e ao mesmo tempo um marco histórico. Além de estarmos recebendo a centésima manobra na área da mova bacia de evolução, comemoramos também pelo ineditismo na América do Sul, de fazer manobras a ré, onde a embarcação fica sem máquinas ligadas e os rebocadores efetivamente o conduzem até a área da bacia ou aos terminais. Esses tipos de manobras já são realizados em vários portos da Europa. Estamos concretizando essas operações em nossa casa, em nosso complexo, e, em nosso país pela primeira vez na história da atividade portuária brasileira”, destaca Salles.

Importância econômica

O Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes é responsável por 5% da balança comercial do país e representa 70% da balança comercial de Santa Catarina, destacando-se ainda por muitos anos como o 2º maior movimentador de contêineres do país. Todas essas estatísticas são verdadeiras e contribuem para o sucesso junto as exportações e importações no mercado internacional.

De acordo com o plano de ações estruturantes do complexo portuário de Itajaí e Navegantes, no que compreende sua readequação do acesso aquaviário, o valor total investido nesta primeira etapa da obra foi de R$ 174,6 milhões, sendo R$ 129 milhões oriundos do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Infraestrutura, R$ 40,1 milhões do Porto de Itajaí e R$ 5,5 milhões da Portonave.

Sem data ainda para iniciar as obras da segunda etapa, quando concluída, poderá operar com navios de até 366 metros de comprimentos e 59 metros de boca (largura), podendo também receber embarcações de até 400 metros de comprimento por 65 metros de largura. Sua dimensão na área da bacia passará de 500 metros de diâmetro para um raio de 530 metros de distância. Estudos técnicos que serão realizados no decorrer da obra podem dar indicativos de que o canal de acesso, que hoje possui 190 metros de distância entre os molhes norte e sul, após a realocação do molhe norte, tenha um alcance de até 210 metros de distância, e, ainda apresentar uma margem de profundidade passando hoje de 14 metros para 16.

 

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