Cruzeiros: seria vantajoso cancelar reserva?


O site Mercado e Eventos apresentou recentemente um artigo, segundo o qual a Cruise Watch, uma OTA alemã, teria sugerido que seria vantajoso cancelar uma reserva feita com um cruzeiroem favor de uma promoção de última hora. Seguindo este pensamento, as operadoras de cruzeiros turísticos estariam se comportando de maneira semelhante às companhias aéreas de baixo custo europeias, com grandes promoções “de última hora” para ajudar a preencher lugares. Contudo, ainda segundo o mesmo artigo, a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos veio rebater essa ideia.

É necessário ser milionário para partir em um cruzeiro?

Muitos acreditam que um cruzeiro turístico só está ao alcance de quem ganha a Powerballou pertence à classe social A. Mas a verdade é que não é propriamente necessário ganhar na loteria para reservar uma passagem turística desse gênero. No mais, o número de turistas de cruzeiro em algumas cidades europeias é tanto que os habitantes locais chegam a reclamar da falta de capacidade das estruturas locais quando chega um navio deixando, subitamente, milhares de passageiros. Sendo assim tanto, não é exatamente um privilégio exclusivo, certo?

O custo-benefício apontado pelas operadoras

A Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos afirmou ao Mercados e Eventos que os pacotes para quem reserva antes têm várias vantagens exclusivas, como a escolha das cabines, enquanto quem reserva de última hora fica com os lugares que estiverem sobrando. Além disso, a política das operadoras é mesmo fazer os melhores descontos para quem reserva com maior antecedência, desmentindo assim a sugestões dos alemães.

Os extras da viagem também ficam habitualmente muito mais baratos para quem reserva primeiro. Esses extras podem incluir pacotes de massagens e horas no spa a bordo, passeios de turismo nas cidades de parada, ou até pacotes especiais de bebidas alcoólicas.

A associação lembra também que o preço de um cruzeiro não é tão elevado assim devido ao custo-benefício. Afinal, o preço inclui tudo aquilo que o cliente pagaria separadamente noutra modalidade de turismo: a hospedagem, o próprio transporte (você só tem de se apresentar no cais de embarque e, na volta, tratar da viagem entre o porto e sua casa, certo? Tudo o resto está obviamente incluído), o entretenimento e as refeições a bordo.

Respeito pelo cliente

Ainda em declarações ao Mercado e Eventos, o diretor comercial da MSC no Brasil, Ignácio Palacios, reforçou que a estratégia da empresa – que é depois extensível à generalidade das operadoras – passa pelo respeito pelo cliente que comprou antes. Afinal, o modelo de negócio dos cruzeiros turísticos marítimos não é igual ao das companhias aéreas de baixo custo europeias, pois o “target” não é exatamente o mesmo; fazer promoções e depois vender mais barato ainda seria rebaixar o cliente que pagou em primeiro lugar.

No mais, é vantajoso para as companhias terem suas reservas feitas com maior antecedência, pois podem se planejar melhor. O mesmo é válido para seus clientes.

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