Investimento é de R$ 217 milhões e o prazo para conclusão da obra é de seis meses. Canal será aprofundado para 16,2 metros
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, deu ordem de serviço, nesta sexta-feira (29), para o início da dragagem do canal interno do Porto de Suape. Com investimentos no valor de R$ 217 milhões — sendo R$ 117 milhões oriundos do Governo do Estado e R$ 100 milhões do Ministério de Portos e Aeroportos, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC3), a obra vai ampliar a capacidade operacional do atracadouro, permitindo a atracação de navios de grande porte e reforçando a competitividade de Pernambuco no comércio marítimo mundial. O prazo para conclusão da dragagem do canal, que será aprofundado para 16,2 metros, é de seis meses, prevendo a remoção de 3,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos.
“Com essa dragagem, estamos garantindo que o Porto de Suape tenha a capacidade de trazer navios de maior porte. Assim, eles podem vir repletos com a sua real potência. Isso é um compromisso de Pernambuco há pelo menos 10 anos. Ano passado, a movimentação de cargas em Suape foi a segunda melhor da nossa história e a gente tem garantido, desde o início do nosso mandato, investimentos importantes para permitir que o porto continue a crescer. Concluímos a dragagem do canal externo e hoje damos ordem de serviço para a dragagem do canal interno. Além disso, há outros investimentos privados em andamento. Com isso, estamos permitindo que Suape se coloque no jogo de melhor porto para investimentos no Brasil”, destacou a governadora Raquel Lyra.
O conjunto das intervenções atende a padrões internacionais de segurança e a legislação ambiental, elevando Suape a uma posição de destaque no cenário global. “Suape é um porto de águas abrigadas, tem localização estratégica e infraestrutura adequada para estimular a atração de novas rotas marítimas e atracação das maiores categorias de navios em operação com capacidade máxima de carga”, enfatizou o gestor da estatal portuária, Armando Monteiro Bisneto.
“Essa importante intervenção se soma à conclusão da dragagem do canal externo, cujas obras foram finalizadas em abril de 2024, com a profundidade de até 20 metros. Com isso, Suape dá um grande passo para potencializar a operação de nossos píeres e cais, além dos dois terminais de contêineres do atracadouro, o Tecon Suape e o APM Terminals (que começará a operar em 2026), reforçando sua posição estratégica para o comércio marítimo mundial”, acrescentou Armando Monteiro Bisneto.
A obra está dividida em duas etapas. A primeira é essencial para garantir a atracação, em segurança, de porta-contêineres de até 366 metros de comprimento, além de outras embarcações de classe mundial com capacidade máxima de carga. A segunda etapa contempla a dragagem e a manutenção da bacia de evolução e dos Píeres de Granéis Líquidos (PGLs) 3A e 3B, que serão aprofundados até 18,5 metros. Com essas intervenções, Suape passará a ter o maior calado operacional para navios de contêineres entre os portos públicos brasileiros e o segundo maior do país para granéis líquidos. Os sedimentos retirados serão destinados a uma área de bota-fora já licenciada pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), com todas as autorizações necessárias concedidas.
TECNOLOGIA
De última geração, as dragas Backhoe (com duas embarcações de apoio) e Hopper contam com tecnologia para rastreamento via satélite e sensores que identificam abertura da cisterna em tempo real para garantir que a área definida para a execução da obra e seu bota-fora sejam rigorosamente respeitados. Uma terceira draga (Clamshell) será usada para aprofundamento da área de atracação do segundo terminal de contêineres que está sendo construído pelo grupo APM Terminals no complexo portuário e que deverá entrar em operação em julho de 2026. Nesse trecho, serão removidos 151.114,30 metros cúbicos de sedimentos. O custo desse serviço é do grupo empresarial e seguirá o mesmo cronograma da dragagem do canal interno.
MAIS INFRAESTRUTURA
Iniciada no final de 2023 e concluída quatro meses depois, a finalização da dragagem do canal externo teve custo de R$ 140 milhões. A intervenção resultou no aprofundamento de até 20 metros, possibilitando a atracação de navios com capacidade máxima de carga nos Píeres de Granéis Líquidos de Suape. O porto pernambucano é líder nacional na operação desse tipo de carga. Em 2024, 64,1% do total de 24,8 milhões de toneladas movimentadas foram de petróleo e derivados.
Outra obra de grande importância em andamento é a quarta e última etapa de requalificação do molhe de proteção do porto externo. As obras tiveram início na segunda quinzena de outubro de 2024, com prazo de conclusão para agosto de 2028. A iniciativa, que conta com investimentos de R$ 123 milhões (R$ 73 milhões do Estado e R$ 50 milhões do PAC 3), vai reforçar a segurança do complexo portuário. Em pouco mais de oito meses desde o início da intervenção, 22% dos serviços já foram concluídos.
