Governo federal deve anunciar até 4 grandes privatizações nos próximos 2 meses


O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira que o governo irá anunciar nos próximos 30 a 60 dias a privatização de três a quatro grandes companhias brasileiras. Em live promovida pela Fundación Internacional para la Libertad, o ministro disse acreditar que o Congresso dará seu apoio às privatizações, complementando que o presidente Jair Bolsonaro já concorda com as operações.

O ministro também pontuou que as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) estão agora melhorando para uma contração pouco acima de 4% este ano, ante projeções que chegaram a se aproximar de uma queda de dois dígitos. Segundo o ministro, as privatizações são uma estratégia para melhorar as contas e o perfil da dívida pública. Esses dois indicadores pioraram por conta dos gastos extraordinários com a pandemia do novo coronavírus.

Questionado sobre a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) prevista para 2021, Guedes estimou uma alta de 3% a 3,5% no período. O mercado financeiro estima uma expansão de 3,5% para a economia brasileira no próximo ano. “Mas não gosto de previsões. O que podemos fazer é atuar como um bom jardineiro. Só podemos cuidar do jardim e esperar que as borboletas venham. Acho que o Brasil vai voltar logo, talvez mais cedo o que muitos países avançados”, afirmou.

O ministro da Economia disse que o Brasil vai “surpreender o mundo de novo” e lembrou que, no ano passado, foi aprovada a reforma da Previdência Social. “O Congresso é pré-reformas e nos dará apoio. Estou otimista com o que acontecerá neste ano”, declarou. Guedes informou que o governo buscará aprovar no Congresso, em até duas semanas, o marco legal do gás natural. De acordo com o ministro, as novas regras promoverão “choque de energia barata” na economia brasileira.

Ele também reforçou que não haverá aumento do nível geral de impostos com a reforma tributária, mas que podem haver substituições. “Se uma taxa aparece é para substituir outra”, declarou. O ministro acrescentou que, se a reforma provocar um aumento da arrecadação acima do previsto, as alíquotas serão posteriormente reduzidas.

 

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