Greve dos trabalhadores portuários chega ao fim na Argentina


Sindicatos dos trabalhadores das processadoras de soja e empregadores enfim chegaram a um acordo na Argentina após uma reunião de mais de 12 horas com o Ministério do Trabalho nesta terça-feira (29) e de uma paralisação que durou quase 20 dias no país. Segundo fontes oficiais ouvidas pela imprensa local, as negociações foram difíceis e, muita vezes, contaram inclusive com a presença do ministro Claudio Moroni.

Uma outra reunião deverá acontecer entre a União dos Recebedores de Cereais e Anexos (Urgara) e a Câmara dos Portos Privados para dar sequência às negociações e então, assim, finalizar o protesto nos portos.

Uma nota da Câmara de Comércio da Indústria de Óleos da Argentina (CIARA) informa que empregados e empregadores chegaram a um consenso que resultou no aumento de 35% dos salários e também em bônus aos funcionários pelos riscos causados pela pandemia do coronavírus. A instituição, no entanto, reforça que a greve foi suspensa e o acordo alcançado somente como forma de evitar impactos ainda mais severos para a economia do país.

Durante a paralisação, mais de 170 navios ficaram no aguardo dos embarques de mais de 4 milhões de toneladas de soja, derivados e grãos, gerando cerca de 40 dias de espera para as embarcações.

“A paz social foi privilegiada como objetivo empresarial, pelas consequências econômicas para a indústria, a comunidade, os próprios trabalhadores e a Nação, além do fato de a Argentina ter se tornado um fornecedor pouco confiável em nível internacional. Além disso, a metodologia aplicada para a ocupação de plantas em algumas áreas portuárias foi uma ação ilegal e perigosa”, traz ainda a nota da CIARA.

Um relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires mostra que, somente no porto de Bahía Blanca, o movimento de navios entre 9 e 24 de dezembro foi reduzido em, aproximadamente, 75% em relação ao mesmo período de 2019. Assim, apenas 125,401 mil toneladas foram embarcadas.

Fonte: Notícias Agrícolas

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