Mercado da navegação jamais será o mesmo após a pandemia do Covid-19


A constatação é dos especialistas que participaram do webinar “Conexão Logistique: Tendências na navegação pós-Covid 19”

 Especialistas em transporte marítimo dizem que as mudanças em curso no cenário do transporte marítimo em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) são significativas. Os lockdowns na China, Itália, Espanha e em outros países com grande contaminação impactaram no comportamento da demanda e em mudanças bruscas em diversos setores. Essas mudanças também chegaram na navegação e devem permanecer. Paradigmas foram quebrados, novas práticas vieram para ficar e o setor segue otimista com relação ao pós pandemia.

Foi essa realidade que o projeto Conexão Logistique mostrou nesta sexta-feira, 5, por meio de uma conferência online para discutir o cenário da navegação durante a pandemia e as tendência para o setor no pós-Covid 19. A discussão reuniu importantes players do setor, que analisaram a realidade atual e as tendências a curto e nédio prazos para a navegação.

Participaram do webinar o diretor comercial para a Costa Leste da América do Sul da Maersk Line Gustavo Paschoa, o diretor executivo da Aliança Navegação e Logística Marcus Voloch e os diretores comerciais das empresas armadoras Log-In e Mercosul Line, Maurício Alvarenga e Alexandre Souza, respectivamente. A mediação foi feita pelos consultores Leandro Carelli Barreto e Robert Grantham, da Solve Shipping Intelligence Specialists, com participação do diretor da Logistique, Leonardo Rinaldi.

Para Gustavo Paschoa, da Maersk, o advento da pandemia gerou um novo ambiente de negócios. As plataformas digitais ganharam espaço, empresas se reinventaram para manter a competitividade e a melhora nos níveis dos serviços foi significativa. “E não podemos considerar essas mudanças como pontuais. Elas serão contínuas e perpétuas”, destaca Paschoa.

Com relação aos volumes operados, o diretor comercial para a Costa Leste da América do Sul da Maersk diz que a pandemia não chegou a impactar nos volumes exportados pelo Brasil [alavancadas pelo agronegócio e pela melhora da competitividade do produto brasileiro no mercado global, em decorrência do câmbio], enquanto as importações sentiram mais o impacto.

“Por outro lado, essa perda da competitividade dos produtos importados está fazendo com que as empresas brasileiras deixem de importar partes e peças, o que vai alavancar a indústria nacional”, afirma Marcus Voloch, diretor executivo da Aliança Navegação e Logística.

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