Operação de algodão em zona primária desonera cadeia logística


Soluções logísticas oferecidas pela TCP reduzem custos logísticos de exportação via Paranaguá

As exportações brasileiras de algodão têm crescido nos últimos anos e atingiu, nos seis primeiros meses de 2019, o volume total de 533.579 toneladas, de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea). A produção local, que tem origem, principalmente, no estado do Mato Grosso e como um dos destinos principais a Ásia, ainda enfrenta gargalos para deixar o país, principalmente, no que diz respeito à logística.

Alexandre Rubio, diretor Comercial da TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, explica que os custos logísticos elevados oneram toda a cadeia. “A cadeia da exportação do algodão conta com muitos agentes logísticos envolvidos, o que acaba fazendo que os custos sejam elevados e que a lucratividade do produtor acabe diminuindo”, diz. “É preciso encontrar soluções que diminuam os steps e que tornem a operação mais barata e segura”.

A solução oferecida pela TCP Log – subsidiária logística da TCP, é a operação do produto em área primária do Porto, diminuindo o número de agentes envolvidos. “Toda a logística de exportação do algodão em Paranaguá acontece em zona primária. Dessa forma, o algodão chega ao Terminal em caminhão, é descarregado próximo do local de atracação dos navios, estufado em contêineres e já está pronto para o embarque”, explica Rubio, que complementa que nas retroáreas ou zonas secundárias, mais agentes são envolvidos na cadeia logística, o que gera maiores custos, tornando a operação mais extensa  e aumentando a probabilidade de falhas no processo.

Outra vantagem apontada pelo diretor é o reaproveitamento de frete rodoviário. “Paranaguá é o porto natural para exportação de algodão considerando o frete rodoviário. Existe um grande fluxo de caminhões entre o porto de Paranaguá e o estado do Mato Grosso, principalmente, com a importação do fertilizante e exportação de commodities, resultando em fretes demasiadamente competitivos quando comparado a outras regiões portuárias. Para a garantia de um serviço de qualidade, contamos com equipes dedicadas para a gestão da logística algodoeira”, ressalta o executivo.

ESTRUTURA

A TCP oferta aos exportadores de algodão uma das mais modernas estruturas portuárias do país, com armazém dentro da área alfandegada para a operação de cross-docking em local coberto, longe de intempérie climática e com gestão operacional acompanhada. Na zona primária do Porto de Paranaguá, todo produto de exportação e importação movimentado pela TCP é monitorado 24 horas por dia, o que aumenta o nível da segurança. “Por possuir dois scanners para inspeção da Receita Federal, 100% das cargas movimentadas pela TCP são obrigatoriamente fiscalizadas pelos equipamentos, transmitindo mais segurança aos clientes”, diz.

MERCADO CHINÊS

Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) apontam que o Brasil, na safra 2018/2019, foi o segundo maior exportador de algodão do mundo. Um dos principais mercados é a China, responsável por 25% das exportações brasileiras.

Alexandre Rubio ressalta que, por integrar o portfólio da China Merchants Port Holding Company (CMPort), o maior e mais competitivo desenvolvedor, investidor e operador de portos públicos da China, o comércio com empresários daquele país é facilitado. “Além da China ser um dos grandes consumidores de algodão do mundo, consumindo cerca de 9 milhões de toneladas, é a porta de entrada para que os produtos brasileiros acessem a Ásia. “Nós somos o único porto do país com 100% das linhas marítimas para o continente asiático, além de sermos o porto chinês no Brasil, o que acaba se tornando um diferencial para que os negócios entre os dois países sejam ampliados”, finaliza.

Sobre a TCP

A TCP é a empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá – um dos maiores terminais de contêineres da América do Sul – e a empresa de operações logísticos TCP Log, que oferece serviços de integração da cadeia logística para cargas localizadas no Sul e Sudeste do Brasil.

Responsável pelo maior investimento do setor portuário Brasil na atualidade, onde estão sendo aplicados mais de R$ 550 milhões nas obras de ampliação da capacidade de movimentação do terminal dos atuais 1,5 milhão de TEUs/ano para 2,5 milhões de TEUs/ano, a TCP está se preparando para atender a demanda de mercado brasileiro pelos próximos 30 anos.

Desde março de 2018, a TCP integra o portfólio da China Merchants Port Holding Company (CMPort), o maior e mais competitivo desenvolvedor, investidor e operador de portos públicos da China. Atualmente, as operações e investimentos da empresa se estendem pelas áreas costeiras em Hong Kong, Taiwan, Shenzhen, Ningbo, Shanghai, Qingdao, Tianjin, Dailian, Zhangzhou, Zhanjiang e Shantou. A empresa também vem ampliando sua presença no Sul da Ásia, na África, no Mediterrâneo e na Austrália.

Em março de 2018, o portfólio global de portos da CMPort abrangia 6 continentes, 17 países e regiões e 34 portos. Em 2018 a CMPort movimentou 109 milhões de TEUs.

 

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