Porto de Paranaguá implanta teste do bafômetro na faixa portuária


A Portos do Paraná vai implantar, a partir de novembro, o uso de etilômetros para garantir a segurança de trabalhadores e usuários do Porto de Paranaguá. Da mesma forma que acontece no trânsito, a iniciativa evita acidentes que poderiam ser fatais. Conhecido popularmente como “teste do bafômetro”, o exame etílico é feito com equipamentos que indicam a concentração de álcool no ar exalado dos pulmões.

A medida será realizada em parceria com o Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO). As medições serão feitas em uma sala reservada, na entrada do cais. Os trabalhadores e usuários serão selecionados aleatoriamente, por sorteio eletrônico. Equipes da Guarda Portuária também poderão fazer abordagens ao longo da faixa, com caminhoneiros.

“Neste primeiro momento, faremos uma campanha educativa, conversando com os trabalhadores e explicando a importância deste tipo de ação. Todos os trabalhos no Porto precisam dos níveis máximos de atenção, pela complexidade dos serviços”, diz o diretor de Meio Ambiente, João Paulo Santana.

“A intenção é garantir que as pessoas que estão envolvidas na movimentação de cargas, guindastes, maquinários pesados e veículos estejam em plenas condições de trabalho, sóbrias e conscientes de que estão num ambiente em que existem múltiplos perigos. Por isso desejamos diminuir e evitar eventuais acidentes”.

A iniciativa já estava sendo discutida com os sindicatos das categorias que atuam no porto. “Estamos conversando há algum tempo com todos os sindicatos em relação ao teste. Temos relatos de acidentes em outros portos brasileiros, em que o trabalhador estava sob o efeito de álcool, e isso nos despertou para a importância de ter o teste em Paranaguá”, afirma a diretora-executiva do OGMO, Shana Bertol.

CONSEQUÊNCIAS – Depois da fase educativa, os trabalhadores que testarem positivo ou se recusarem a fazer o teste ficarão com os cadastros de acesso bloqueados pelo período determinado.

De acordo com um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão das Nações Unidas, entre 20% e 25% dos acidentes de trabalho são ocasionados por pessoas que estavam sob o efeito de álcool ou de outras drogas. Mesmo em pequenas quantidades, o uso dessas substâncias pode causar sérios prejuízos relacionados ao julgamento, crítica e tomada de decisão; da percepção, memória e compreensão; diminuição da resposta sensitiva e retardo da resposta reativa; diminuição da acuidade visual e visão periférica; depreciação da coordenação sensitiva motora e prejuízo do equilíbrio; além de sonolência.

 

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