Porto do Açu firma acordo com a Fertipar Sudeste para movimentação de fertilizantes


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Na esteira do agronegócio o Porto do Açu marca a estreia em operação para o setor por meio da ampliação do T-MULT. Novos galpões do Terminal Multicargas permitirão operação e armazenagem de fertilizantes e, outros de granéis para suprir a demanda do mercado interno. E também em uma parceria com a Companhia de Navegação Norsul, que transportará contêineres por comboio oceânico entre os portos do Rio e Porto Açu, — com carregamento de contêineres de café e algodão. E não descarta futuras operações com grãos da região de Goiás.

O Porto do Açu Operações assinou o primeiro acordo para movimentação de fertilizantes no Terminal Multicargas (T-MULT), cuja previsão da empresa é que a operação tenha início em setembro com a Fertipar Sudeste, do Grupo Fertipar, que importará aproximadamente 20 mil toneladas de cloreto de potássio (KCL) para o interior de Minas Gerais.

O porto privado do Açu, que desde 2014 movimenta cargas petrolíferas e minerais em São João da Barra (RJ) e recebe por ano 2,5 mil navios, entrará agora no segmento de fertilizantes.

A operação marca a estreia do Porto do Açu no agronegócio por meio da ampliação do T-MULT — Na primeira fase, foram montados dois galpões de lona com área aproximada de seis mil metros quadrados e capacidade para armazenar até 25 mil toneladas de insumos por vez, — que devem ter a área triplicada em até dois anos. A prioridade é atender à demanda nacional de fertilizantes, mas também há possibilidade de estocar e movimentar outros tipos de produtos durante a entressafra, como granéis sólidos agrícolas e minerais.

— Teremos a capacidade de operar um navio de aproximadamente 25 mil toneladas por mês e estimamos 150 mil toneladas movimentadas para este primeiro ano de operação, fora as possibilidades de movimentação de outros produtos, ainda em fase de negociação — projeta João Braz, diretor de Terminais e Logística da Porto do Açu Operações.

O Brasil é o quarto maior consumidor global de fertilizantes e importa cerca de 77% do que consome localmente. Com este serviço no portfólio, o Porto do Açu busca atender a demanda interna, principalmente o mercado de Minas Gerais, nas regiões leste, sul e centro do estado, onde há uma grande base de distribuidoras instaladas.

O Brasil importa aproximadamente 80% do que consome e a movimentação é sazonal, a busca por opções de logística para o abastecimento de nossas unidades é algo importante para trazer competitividade à empresa. Enxergamos o Porto do Açu como uma alternativa de porta de entrada de fertilizantes para a região de atuação da Fertipar Sudeste. Estamos otimistas, pois pode criar mais uma boa opção de operação logística para nós — diz Rodolfo Kieser, superintendente da Fertipar.

Atração de indústrias — Pelo Porto do Açu este projeto também é considerado o embrião para a fase de industrialização do empreendimento portuário no setor petroquímico, que será consolidada com a atração de indústrias para este fértil ambiente de negócios no Norte Fluminense.

As operações da Fertipar Sudeste atualmente estão concentradas com 70% no Porto de Vitória (ES), e o restante dividido entre Santos (SP) e Paranaguá (PR) — observa Kieser.

“Feeder short distance” — A montagem destes galpões faz parte do plano de expansão do T-MULT, que inclui a ampliação do terminal com aumento do cais e do pátio para granéis, a construção de um pátio dedicado a cargas gerais e contêineres e outros novos galpões para armazenamento. Ainda em julho, o T-MULT também começa a fazer cabotagem na categoria “feeder short distance”, em uma parceria com a Companhia de Navegação Norsul, que transportará contêineres por comboio oceânico entre os portos do Rio e Porto Açu, — com carregamento de contêineres de café e algodão.

Mas a direção de Terminais e Logística da Porto do Açu Operações não descarta operações com grãos da região de Goiás, a partir da estrada de ferro EF-118, ainda em construção. — O franco crescimento do agronegócio brasileiro sempre esteve na mira do Porto do Açu — conclui Braz.

Pefil do Porto do Açu — Com atividades iniciadas em 2014, o Porto do Açu tem grande vocação para o segmento de O&G devido à sua localização estratégica próximo às principais bacias offshore do país e movimenta petróleo, minério de ferro, carvão, coque, bauxita, carga geral e de projetos, entre outros. No ano de 2019, o Açu registrou 3.252 acessos, 28% a mais do que o registrado em 2018. Desde que começou a operar, o porto já recebeu mais de 9 mil navios.

São 130 km² de área, sendo 40 km² de reserva ambiental, o empreendimento conta atualmente com 14 empresas instaladas: Porto do Açu Operações, Açu Petróleo, BP Prumo, B-Port (empresa do Grupo Edison Chouest), InterMoor, NOV, TechnipFMC, Wärtsilä, Ferroport, Anglo American, Dome, GNA (Gás Natural Açu), Estação Açu e Aeródromo Norte Fluminense.

Perfil do Grupo Fertipar — Presente nas principais regiões agrícolas do país, o Grupo Fertipar iniciou suas atividades em 1980, e atualmente é composto por 12 empresas. Com crescimento médio de 15% nos últimos 40 anos, suas 21 unidades industriais espalhadas pelo Brasil oferecem fertilizantes para todas as culturas com os melhores serviços para o produtor rural, o que contribui para o desenvolvimento do agronegócio do país.

A Fertipar Sudeste é a empresa do Grupo que apresenta uma atuação mais focada no mercado de café, representando aproximadamente 60% de suas vendas, e os outros 40% estão distribuídos nas culturas de milho, soja, cana de açúcar, citricultura, horticultura e reflorestamento da região sudeste.

Fonte: Fator Brasil

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