Projeto Porto Escola retoma atividades após ser suspenso devido à pandemia


Depois de dois anos parado por conta da pandemia, a empresa pública Portos do Paraná retomou nesta semana o Projeto Porto Escola. Cerca de 140 crianças das escolas municipais Almirante Tamandaré e Arminda de Souza Pereira tiveram acesso ao Porto de Paranaguá, no Litoral.

Logo na chegada ao Palácio Taguaré, sede administrativa da Portos do Paraná, os alunos são conduzidos ao auditório Emir Roth, onde conhecem sobre a história da cidade interligada à história do porto. Através dos programas ambientais aprendem também sobre a correta destinação dos resíduos, conservação dos manguezais, importância do uso dos equipamentos de proteção individual, entre outras questões ligadas à atividade portuária. Depois, passam pela faixa portuária onde podem ver de perto os navios atracados.

Segundo o presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, integrar mais a comunidade aos portos do Paraná é uma das diretrizes da administração. “O Porto Escola é uma janela para isso. É um prazer inserir a nova geração na realidade da atividade portuária. Quem sabe não despertamos grandes novos profissionais da área”.

CONTEÚDO – Jaqueline Dittrich, analista portuária, bióloga e uma das coordenadoras do projeto, salienta que é uma alegria muito grande poder receber novamente essas crianças. “O Porto Escola é um esforço da diretoria de Meio Ambiente para mostrar aos pequenos o funcionamento e operação de nossos portos, principalmente considerando que grande parte deles tem parentes que trabalham aqui”.

Uma das apresentações mais animadas é a do gerente de Saúde e Segurança da Portos do Paraná, José Sbravatti. “É importante demonstrar para eles as regras do porto, principalmente as das áreas operacionais. Eles precisam entender de uma forma simples e lúdica que existem regras de segurança e como utilizar os EPis – Equipamentos de Proteção Individual”.

Para o gerente, a ação é uma forma de plantar uma sementinha para que daqui alguns anos essas crianças possam, eventualmente, trabalhar na atividade portuária e já estejam familiarizadas com a necessidade do uso dos equipamentos de proteção.

“Fazemos uma brincadeira com eles para testar os EPis, para verem de fato que o equipamento de segurança é muito importante para a segurança do trabalhador. E a missão deles é também levar uma mensagem para casa, sobre a necessidade de se ter segurança no trabalho”, afirma.

André Wolinski, coordenador operacional da AlBriggs, terceirizada especializada nos serviços e equipamentos para atendimento a emergências ambientais, conta que fazer o Porto Escola com as crianças é mostrar o quanto o porto se preocupa, respeita seu colaborador e trabalhador portuário.

“Quando falamos através da linguagem deles, prestam atenção e gostam bastante. Nosso foco é que levem a informação para casa. Que possam levar a importância da segurança que temos aqui no porto também para seus lares. Sabemos que essas crianças realmente interferem de forma positiva nas famílias levando esse tipo de informação e mudando comportamentos errados”, explica Wolinski.

PROFESSORAS – Silvia Regina Cardoso Alves, professora da Escola Arminda de Souza e Pereira, no Jardim Iguaçu, salientou a importância da visita. “É muito interessante, faz com que as crianças tenham orgulho de nosso porto, que é essencial para a economia da cidade. É uma aula extra-sala espetacular, que vamos dar continuidade dentro da sala de aula, devido a todos os processos que foram apresentados”, enfatiza Silvia.

A professora Fabíola Soares, da escola municipal Almirante Tamandaré, também avalia o projeto de forma positiva. “É muito atrativo para as crianças, eles aprenderam a maneira certa de descartar o lixo e de cuidar dos manguezais. Como nossa vila é toda permeada de manguezais, os ensinamentos foram muito importantes para eles”.

ALUNOS – Giovana Lopes Mendes Lima, de 9 anos, disse ter amado o passeio. “Aprendi que a segurança é importante, que temos que nos cuidar, que aqui dentro qualquer coisa pode acontecer. Vou contar tudo que vi em casa”. Já Marcelo Samuel Machado, também de 9 anos, gostou mais da parte da reciclagem. “Mas não foi só isso, aprendi que os manguezais são o berço dos animais, onde se reproduzem”, afirma Machado.

PORTO ESCOLA – Em Paranaguá, o Projeto Porto Escola começou em 2015. De lá para cá, foram 8.775 crianças atendidas. Em 2019, as atividades envolveram 38 escolas municipais. Em Antonina, o programa existe desde 2017. Nesses três anos, foram 786 alunos participantes.

É um projeto de educação econômica, ambiental e social destinado a alunos e professores de 5º ano do ensino fundamental, pelo qual as crianças têm contato à dimensão, realidade e a importância das atividades portuárias e da preservação do meio ambiente nessa realidade. Inserida no cuidado com o meio ambiente, está a atenção à cidade e a comunidade.

CONCURSO – Como forma de incentivar os alunos que participam do Porto Escola, todos são convidados a participar de um concurso de desenhos com frase, onde devem retratar o que aprenderam na visita. A escolha do melhor desenho e frase é feita semestralmente. A expectativa é que 2 mil crianças participem do Porto Escola em 2022.

 

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