Quatro aeroportos da Região Sul alcançaram em 2025 o melhor resultado da série histórica iniciada em 2000: Florianópolis (SC), Navegantes (SC), Maringá (PR) e Cascavel (PR). Juntos, os terminais superaram todos os registros anteriores no acumulado de janeiro a julho, com 4,91 milhões de passageiros, o equivalente a quase um terço (33%) de todo o movimento aéreo sulista no período. O resultado consolida um crescimento que se sustenta há pelo menos uma década e reforça o papel estratégico da aviação da região no transporte aéreo do país.
O Aeroporto de Florianópolis movimentou 2,89 milhões de passageiros no acumulado do ano, o que representa crescimento de quase 50% em menos de uma década. Isso significa que, em menos de dez anos, Florianópolis passou a receber praticamente mais da metade dos viajantes. O avanço não aconteceu de forma isolada: o terminal já apresentava trajetória ascendente antes mesmo da pandemia, como mostram os 2,2 milhões de passageiros em 2019, confirmando a consolidação da capital catarinense como um dos principais hubs da aviação no Sul.
Também em Santa Catarina, o Aeroporto de Navegantes registrou 1,28 milhão de passageiros, número acima dos 1,06 milhão de 2019. Além do crescimento no acumulado, julho de 2025 foi o melhor da história do terminal, com 211.665 embarques e desembarques. O desempenho reforça tanto a importância do aeroporto para o turismo quanto sua relevância para a economia do litoral norte catarinense.
No Paraná, o Aeroporto de Maringá transportou 484,7 mil passageiros de janeiro a julho. Mais do que o número absoluto, o destaque está na regularidade: o terminal tem mantido crescimento tanto no acumulado do ano quanto no recorte mensal. Em julho, por exemplo, houve alta de 8,5% em relação a 2024, reforçando a posição de Maringá como referência na aviação regional e ampliando sua participação no fluxo de passageiros do interior do estado.
O Aeroporto de Cascavel apresentou a maior evolução proporcional da região. Foram 254,8 mil passageiros no acumulado até julho, mais que o dobro do registrado em 2016 (112 mil), consolidando o melhor resultado de sua história. O crescimento reflete a interiorização da aviação no Paraná e mostra como cidades médias vêm ampliando sua conectividade aérea e reduzindo a dependência de grandes capitais.
Crescimento acima da média nacional
A análise do conjunto revela uma aviação em expansão acelerada no Sul, marcada por recordes históricos em quatro terminais estratégicos. Enquanto Florianópolis e Navegantes reforçam a posição de Santa Catarina no setor, Maringá e Cascavel projetam o interior do Paraná como protagonista em um movimento que amplia a conectividade da região.
Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, os resultados demonstram o vigor da aviação regional e refletem o impacto dos investimentos recentes. Segundo ele, a retomada de grandes terminais, como Porto Alegre, somada ao fortalecimento de cidades médias, desenha uma aviação mais descentralizada.
“Estamos vendo a aviação do Sul bater recordes em 2025, com crescimento acima da média nacional, o que confirma a vitalidade da região e o papel estratégico de terminais como Maringá, Navegantes e Cascavel no desenvolvimento da aviação regional”, afirmou.
Além dos recordes observados no acumulado, a Região Sul também apresentou destaque na movimentação do mês de julho. Com 2,29 milhões de viajantes, os terminais da região cresceram 28,1% em relação a 2024. Impulsionado pelas férias escolares, o resultado foi quase o dobro da expansão registrada no acumulado do ano (16,4%) e reforça a influência da sazonalidade no comportamento da demanda.
O desempenho regional foi impulsionado também por Porto Alegre, que somou 3,87 milhões de passageiros até julho, um crescimento de 74% em relação a 2024, quando a cidade ficou sem operações no início do ano por causa das enchentes. Só em julho, foram 639,9 mil passageiros, sem base comparativa com o mesmo período do ano passado.
Curitiba manteve posição de destaque, com 3,41 milhões de viajantes (+7,6%). Foz do Iguaçu avançou no acumulado, com 1.248.344 passageiros de janeiro a julho (+9,36%), mas teve leve retração no mês (−1,12%). Já Londrina foi a única cidade da região a registrar quedas nos dois recortes: −10,07% no acumulado (416.856 passageiros) e −10,75% em julho (58.506).