Simulado de combate ao tráfico de drogas no Porto de Paranaguá utiliza cães farejadores


Equipes da Unidade de Segurança da Portos do Paraná (UASP) e da TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, realizaram um simulado de combate ao tráfico de drogas no Porto de Paranaguá. A atividade, promovida na última quarta-feira (24), contou com a participação de quatro cães farejadores na busca por entorpecentes em bolsas, objetos em geral e cabines de caminhões.

“O intuito é integrar todos os terminais e todas as equipes de segurança para agirem o mais rápido possível no combate aos atos ilícitos na área alfandegada”, afirmou o coordenador de segurança e patrulha da UASP, Vinicius Gomes dos Santos, que acompanhou a simulação ao lado de outro coordenador e cinco guardas portuários.

A operação aconteceu na TCP, em frente ao portão de acesso para veículos leves e ao Gate (entrada e saída de caminhões). “A ação contra ilícitos e tráfico de drogas reforça a parceria entre as equipes de segurança para atuar de forma ágil e eficaz na proteção da área portuária”, comentou o gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da TCP, Kayo Zaiats.

Embora o simulado tivesse como objetivo o treinamento das equipes, cálculo do tempo de resposta e a aplicação das rotinas técnicas, algumas ações foram reais. Motoristas que acessavam o terminal foram abordados e orientados a desembarcar para que os cães farejadores inspecionassem o interior das cabines e as partes externas dos veículos. A TCP recebe, em média, mais de mil caminhões por dia para entrega e retirada de contêineres.

Investimentos em segurança

Em 2022, foi inaugurada a unidade da Guarda Portuária, com ampla central de monitoramento, além de novas guaritas no pátio de automóveis e no píer público de granéis líquidos. A Portos do Paraná também renovou os scanners de bagagens, substituiu revólveres por armamentos semiautomáticos, adquiriu três novas viaturas e instalou um novo sistema de radiocomunicação. Em 2025, foram compradas duas lanchas — uma para a Guarda Portuária e outra para a fiscalização — atualmente em processo de fabricação.

Os profissionais de segurança passam ainda por treinamentos específicos. Em novembro do ano passado, três turmas da Guarda Portuária concluíram o curso de renovação do porte de armas, que incluiu módulos teóricos e práticos. Após as aulas, os agentes passaram a contar com equipamentos modernos, utilizados apenas em situações de extrema necessidade.

Além da fiscalização no cais, a Guarda Portuária atua também fora do ambiente alfandegado. Durante a temporada de cruzeiros 2024/2025, a Portos do Paraná instalou 20 câmeras de vigilância no Complexo Mega Rocio, onde os passageiros passam pela aduana. O sistema é monitorado 24 horas e, diante de qualquer atitude suspeita, a Guarda aciona imediatamente outros órgãos de segurança. As imagens são compartilhadas com a Receita Federal e a Polícia Federal, responsáveis pela fiscalização.

Outro cuidado é com as bagagens. Antes de serem levadas ao navio, malas e mochilas passam por scanner, com apoio de cães farejadores na detecção de possíveis produtos ilícitos. Toda a movimentação, do terminal de embarque até o cais, é acompanhada por agentes de segurança.

A TCP também investe continuamente em infraestrutura e segurança. Em 2024, concluiu a modernização do Gate, com aporte de mais de R$ 30 milhões. Foram implantados sistemas de automação e monitoramento, como câmeras com tecnologia de reconhecimento ótico de caracteres (OCR) e totens biométricos para motoristas, o que tornou o processo de entrada e saída de veículos mais ágil e seguro.

Atualmente, a TCP dispõe de mais de 400 câmeras de monitoramento, 13 postos de vigilância armada 24 horas, sistema de alarme para invasões e dois scanners pelos quais todas as cargas que entram ou saem do Terminal são fiscalizadas.

Simulações

A Portos do Paraná realiza simulações com frequência. Em maio deste ano, foi promovido um exercício em Paranaguá que envolveu um trem, um ônibus e um carro. A ação, organizada pelo 8º Grupamento de Bombeiros Militares, contou com apoio da Portos do Paraná, SAMU Litoral, Rumo Logística, Guarda Civil Municipal, Defesa Civil e Polícia Militar.

O papel da autoridade portuária foi acionar as empresas integrantes do Plano de Ajuda Mútua (PAM) para auxiliar o Corpo de Bombeiros e a empresa impactada — nesse caso, a Rumo — no atendimento à ocorrência.

 

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