Sudeste Export abre espaço para debates e também é vitrine para empresas do setor


Além de ser um fórum permanente de discussões do setor de logística e infraestrutura portuária, os fóruns reginais promovidos pelo Brasil Export também despertam o interesse de empresas e entidades para promover os seus negócios. O primeiro dia do Sudeste Export, realizado nesta segunda-feira em São Paulo, contou com palestras curtas de 15 empresas e entidades do setor, além de painel tecnológico e presença virtual do secretário de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni.

O evento começou logo cedo, às 9h, e terminou perto das 20h. Nesse período, os expectadores puderam conferir uma extensa programação que incluiu painel tecnológico, palestras dos principais líderes do setor logístico e com o secretário de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Digo Piloni.

Após a palavra dos presidentes ligados ao Fórum Brasil Export;  José Roberto Campos, do Conselho Nacional do Brasil Export, José Roberto Campos; Henry Robinson, do Conselho do Sudeste Export; e Angelino Caputo, do Conselho do Brasil Hack Export, ocorreu a palestra do painel tecnológico.

O convidado foi Lucas Assis, CTO (Chief Technology Officer) da Synkar Autonomous, que falou sobre “Veículos autônomos com inteligência artificial”. Assis falou das várias ações deflagradas ao redor do mundo indicando que os portos autônomos serão realidade em breve. Uma delas é um projeto que une 8 das principais nações marítimas com o objetivo de formar uma nova rede para encorajar o desenvolvimento de MASS (Navios de Superfície Autônomos Marítimos).

Em seguida tiveram início as apresentações dos patrocinadores do Sudeste Export. Líderes em seus segmentos, Alemoa S/A, Praticagem do Brasil, CNT, Piacentini do Brasil, CDRJ, DP World Santos, Ecoporto, Eldorado Brasil, Sammarco Advogados, Porto do Açu, BTP, Codesa, Santos Brasil, Sopesp e Unimed Santos mostram um pouco sobre o trabalho que desenvolvem e são fundamentais para o desenvolvimento de toda cadeia logística ligada à infraestrutura portuária.

Alguns destaques foram  a participação do diretor da Alemoa S/A, João Maria Menano, que mostrou um breve histórico para a criação de um novo TUP em Santos. A área, de 160 mil m², terá 3 berços. A empresa dispõe ainda de outros 100 mil m² em áreas satélites na mesma região.

A diretora de relações institucionais da Piacentini do Brasil, Elck Fogagnoli, revelou que a empresa escolheu o Sudeste Export para passar mais detalhes ao mercado da atuação da empresa. “A gente acreditou na seriedade deste evento”, afirmou a executiva.

Estar no Sudeste Export também foi a forma encontrada pela CDRJ (Companhia Docas do Rio de Janeiro) para falar  as potencialidades da companhia. “Há grandes oportunidades para quem quiser investir nos portos do Rio de Janeiro”, afirmou  Jean Paulo Castro e Silva,  diretor de Relações com o Mercado e Planejamento da CDRJ.

A Eldorado Celulose, vencedora do leilão para o terminal STS14 do Porto de Santos, informou por intermédio de seu gerente-geral, Flávio da Rocha Costa, que a expectativa da empresa é a de começar a operar o terminal entre o final do ano de 2022 e início de 2023.

Projetos e oportunidades

Outra empresa que falou dos seus projetos e oportunidades de negócios foi a Porto do Açu, porto 100% privado e que já desponta no mercado com seus diferenciais. Segundo o CEO do Porto de Açu, José Firmo, o início da movimentação de fertilizantes no porto neste ano colocará o Rio no mapa do agro nacional.  Até então, o porto era o único que da costa do Rio Grande do Sul até a Bahia que não realizava este tipo de movimentação em navios granel. Isso só foi possível com a expansão do T-MULT (Terminal Multicargas) que ganhou um armazém coberto. Apenas no primeiro ano de contrato, a expectativa é que 150 mil toneladas de fertilizantes sejam escoadas por este terminal.

A empresa também iniciou o transporte de contêineres via comboio marítimo do porto do Rio ao Porto do Açu. Em parceria com a Norsul, a cabotagem feeder tem saídas quinzenais nas duas pernas. Firmo ainda ressaltou a oportunidade que o aeródromo Norte Fluminense, em parceria com a Aeropart (responsável pelo aeroporto de Cabo Frio), irá trazer para toda a indústria de óleo de gás.

Solenidade de encerramento e palestra

O prestígio do evento se confirma pela presença das principais lideranças do setor na solenidade de abertura, que ocorreu no início da noite. O CEO do Fórum Brasil Export, Fabrício Julião, recebeu no palco montado no hotel Tivoli Tivoli Mofarrej autoridades, dirigentes de entidades e os principais empresários do setor. Entre eles estavam Francisval Mendes, diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários); Flávio Benatti, vice-presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte); além de líderes de entidades como Abtra, ABTP (Associação Brasileira dos Terminais Portuários), Abol  Associação Brasileira de Operadores Logísticos); Sopesp (Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo); Praticagem do Brasil,  e dos portos de Vitória (ES) e Rio (CDRJ).

Em seu discurso, Julião agradeceu a presença de todos os mais de 150 renomados representantes do setor que apoiam o Fórum, e lembrou da origens do evento, em 2003, ainda restrito a Santos, e que hoje leva discussões para todo o País, se firmando como um hub permanente de debates relevantes e que contribuem para o desenvolvimento do setor.

Segundo dia

Nesta terça-feira serão realizadas palestras e os três painéis temáticos: “Interconectividade logística eficiente entre os portos da região Sudeste”, “Os caminhos para a desestatização nos portos da região Sudeste”, e “Protecionismo X Globalização – Oportunidades para a indústria nacional”.

As palestras terão transmissão via Zoom. As inscrições para os debates são gratuitas e é necessário apenas se cadastrar pelo endereço http://bit.ly/InscriçõesSudesteExport

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