Superando barreiras, exportações de carne de frango de 2020 mantém-se no mesmo nível de 2019


Enquanto em 2019 as exportações do segundo semestre do ano registraram aumento de mais de 3% em relação ao primeiro semestre, neste ano a tendência é de um incremento de, no máximo, meio por cento. O que, se confirmado, significará também que os embarques do corrente semestre deverão ficar pouco mais de 1% abaixo do que foi registrado em idêntico período do ano passado.

Com tal desempenho, as exportações de carne de frango de 2020 irão girar em torno dos 4,120 milhões de toneladas, pouco mais pouco menos, praticamente repetindo o que foi exportado em 2019 e mantendo-se ainda aquém do que foi registrado no triênio 2015/2017.

Decepcionante para estranhos ao setor (pois representa expansão inferior a 1% ao ano na corrente década), tal resultado deve ser comemorado, pois corresponde à superação de toda uma série de obstáculos surgidos com a pandemia e que até hoje rondam o setor exportador.

Exportação por Estado

Com relação as 22 Unidades Federativas brasileiras que exportaram carne de frango entre janeiro e novembro de 2020, o quadro permanece o mesmo de meses anteriores. Os três estados do Sul lideram as atividades exportadoras, respondendo por 80% do volume embarcado e gerando, praticamente, o mesmo índice de receita cambial.

Estranhos ao setor sem dúvida estranharão o fato de, frente a uma redução nacional de volume de apenas 1% nesses 11 meses, Santa Catarina vir registrando queda de 25%, enquanto aumentos superiores a 30% são apontados em UFs como Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Tanto aumentos como reduções – é sempre oportuno explicar – são apenas contábeis, resultando de uma confusa sistemática de apropriação de dados ocorrida no biênio 2018/19, período de transição (e adaptação) da SECEX do MDIC para o ME.

Prova disso é encontrada na atual participação de Santa Catarina no total exportado pelo Brasil: 23,46%. Pois esse índice é praticamente o mesmo de 2017, ano em que as exportações catarinenses responderam por 23% do total exportado naquele ano. Em 2018 e 2019 essa participação girou em torno de 30% do total, revelando distorção na contabilização dos dados.

Fonte: AviSite

 

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