Câmara de Exportadores de Café debate situação de espaço em navios e falta de contêineres


Com a chegada da nova safra, os exportadores de café da região seguem preocupados com a redução na oferta de contêineres vazios e a demora para a liberação dos equipamentos.

De acordo com o coordenador da Câmara, Ronald Pires de Moraes, muitos exportadores ainda têm em seus armazéns um volume remanescente da safra anterior. “A falta de espaço nos navios e a escassez de contêineres próprios para café ainda é muito preocupante. O cenário poderá melhorar a partir de setembro, porém, já sabemos que permanecerá sobrecarregado em 2022”.

Na tarde desta quinta-feira (22), durante reunião da Câmara de Exportadores de Café, o diretor comercial da Hapag Lloyd, Névio Azevedo, , explicou que o problema da falta de equipamento (contêiner) é alta demanda na Ásia e Europa. “ Os commodities no Brasil estão mais baratos e com isso aumenta a procura pelos produtos aqui no país”.

Azevedo comentou que a pandemia fez com que muitos navios ficassem em quarentena o que atrasa ainda mais a liberação de equipamentos. “Até o mesmo o acidente no Porto de Suez, pode parecer que é longe, mas que fez com os navios sofressem com os congestionamentos e atrasasse ainda mais a entrega e liberação da carga”.

Em contrapartida, o diretor falou sobre o investimento de 12 navios que devem ter capacidade para 23 mil TEU’s. Entretanto, essa demanda só deve ser liberada daqui a dois anos.   “ A construção de um navio é comparada a de um prédio. Leva um tempo para ficar pronto. E, alguns desses novos contêineres irão substituir equipamentos velhos”.

Até 2023, a Hapag Lloyd quer se tornar a número 1 em qualidade. “Estamos investido em ferramentas digitais para otimizar ainda mais o trabalho. A pretensão é que possa melhorar e facilitar cada vez mais o serviço oferecido.

 

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