Com tecnologia pioneira e otimização de processos, Porto de Itaqui recebe moderno terminal de fertilizantes


Tecnologia, inovação e otimização. Em tempos de crise, desemprego e isolamento social, essas têm se tornado as palavras de ordem quando o assunto é desenvolvimento e expectativa de crescimento. Seja qual for o setor, o foco é sair do vermelho em busca de um novo caminho. Nos segmentos portuário e de logística, apesar de serem considerados essenciais, o panorama não é diferente. Claro, que a implantação de softwares avançados há anos faz parte da rotina das instalações e transportadoras. No entanto, quando se fala em eficiência, cada vez mais as companhias têm ido atrás de custo x benefício, praticidade e agilidade. O recente início das operações de um moderno terminal de fertilizantes no Porto de Itaqui (MA), no Maranhão, é um exemplo desse cenário.

O novo empreendimento da Companhia Operadora Portuária do Itaqui (COPI) possibilita um aumento de até três vezes na produtividade do berço 101 do complexo localizado no Maranhão. Isso é possível graças a aquisição de guindastes móveis, moega e correias transportadoras que conectam o armazém ao berço, com capacidade para movimentar até 3,5 milhões de toneladas de fertilizantes por ano (cerca de 1.250 toneladas/hora).

“Esse terminal vem com o objetivo de modernizar, pois possui uma tecnologia pioneira, a mais recente para a logística de fertilizantes. A capacidade dele representa hoje o triplo da descarga convencional”, destaca o diretor administrativo-financeiro da COPI, Clawiston Mantovani.

A estrutura conta com armazenagem estática para 70 mil toneladas de carga a granel dividida em 10 boxes. Além disso, para a expedição, o terminal possui um sistema com capacidade de até 700 toneladas/hora possibilitando o envio da carga em caminhões direto aos clientes, mesmo em dias de chuva.

“O Arco Norte é uma região com potencial agrícola interessante, com as áreas que mais crescem em termos de produção de grãos. O Porto de Itaqui tem diferencial em relação aos demais, por ser o único hoje com uma ligação ferroviária. Tudo converge para que Itaqui seja o canal natural de entrada e saída do granel. É um complexo privilegiado”, explicou Mantovani.

Segundo ele, o investimento nessa primeira fase do projeto foi de R$ 150 milhões. A mesma quantia deve ser aplicada na segunda etapa, que inclui a construção da expedição ferroviária do terminal no Porto e o futuro terminal multimodal dedicado ao transbordo e logística de interior a partir de Palmeirante, região central do Tocantins.

As obras devem ser finalizadas no início de 2022. Do total já aplicado, parte foram destinados à inteligência do terminal, implantada pela iPort Solutions, empresa especializada em softwares para gestão de operações logísticas e portuárias e presente nos principais portos brasileiros.

De acordo com o supervisor de Tecnologia da Informação da COPI, Lourenço Santos, confiabilidade e solução integrada foram os principais motivos que levaram a Companhia a escolher a iPort.

“A solução oferecida caiu como uma luva, pois disponibilizam tudo em um único pacote e não existe essa oferta no mercado, eles são únicos. O conhecimento que eles têm sobre compliance aduaneiro foi um ponto muito importante também na hora da escolha. Não tínhamos como apostar num desenvolvimento próprio e eles vieram com a solução pronta. São responsáveis pela gestão operacional do armazém, controles de acesso de pedestres, cargas e veículos, além de fazerem toda a interface com a Receita Federal”, detalha.

Em fase de conclusão, o projeto levou em torno de um ano para ser implantado, considerando a etapa de planejamento. “O modelo adotado com a iPort foi de assinatura mensal de toda a solução como plataforma de serviços – Software as a Service atráves de um processo contínuo. Eles estão nos acompanhando e fazendo os ajustes necessários. Há uma equipe de suporte sempre a postos para nos atender. Uma coisa que prezo muito é o pós-venda, o suporte oferecido é vital pra mim na tomada de decisão e nesse contexto a iPort nos atende perfeitamente”, afirma o supervisor, reiterando que hoje no mercado não há soluções únicas e integradas para esse tipo de atividade.

“Outras empresas focam num ponto e tenho que juntar outros produtos num grande quebra-cabeça. A iPort trabalha em módulos, que atendem cada etapa do processo desde a organização do agendamento de caminhões até a efetiva operação das cargas”, finaliza.

O Diretor Comercial da iPort Solutions, Vander Serra de Abreu, por fim destaca, a importância da automatização e inteligência operacional dos novos terminais em construção e início de operação no Brasil.

“Estamos vivendo a era 4.0  e se faz fundamental que todos os processos do início ao fim sejam automatizados e informatizados, zero email, zero planilhas, zero perda de performance e aumento exponencial de competitividade. Processos mais seguros e otimizados sempre”.

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