Equinor projeta quintuplicar a produção no Brasil até 2030


A Equinor (ex-Statoil) prevê aumentar em até cinco vezes a sua produção de óleo e gás no Brasil e produzir até 500 mil barris diários de óleo equivalente (BOE/dia) no país em 2030. A empresa norueguesa pretende investir, ao todo, cerca de US$ 15 bilhões até o fim da próxima década no mercado brasileiro.

A petroleira produz atualmente no país cerca de 100 mil barris/dia, nos campos de Peregrino e Roncador, ambos na Bacia de Campos, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de junho.

“Temos um portfólio com potencial para produzir entre 300 mil e 500 mil barris de óleo equivalente por dia em 2030, dependendo do faseamento dos projetos e do sucesso exploratório”, afirmou o vice-presidente executivo de desenvolvimento e produção da Equinor no Brasil, Anders Opedal, durante participação, nesta semana, no evento ONS (do inglês Offshore Northern Seas), na cidade de Stavanger, na Noruega.

Na exploração, a Equinor pretende perfurar até cinco poços de “alto impacto” nas bacias de Campos e Santos, com potencial comparável às descobertas gigantes da costa norueguesa da década de 1970 e 1980, segundo a companhia.

Desde o ano passado, a companhia adquiriu sete blocos exploratórios nos leilões da ANP. Só este ano, já se comprometeu a pagar cerca de R$ 1,8 bilhão em bônus de assinatura, na 4ª Rodada de partilha do pré-sal e na 15ª Rodada de concessões. Ao todo, a norueguesa detém participação em 17 blocos exploratórios, concentradas nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo.

O portfólio de ativos operacionais da Equinor no Brasil inclui uma participação de 60% no campo de Peregrino, que deverá entrar em sua segunda fase de produção em 2020, e uma fatia de 25% no campo de Roncador, operado pela Petrobras.

Além disso, a empresa possui 40% da área de Carcará (Bacia de Santos) e 35% de Pão de Açúcar (Bacia de Campos), ambos localizados no pré-sal e que estão previstos para entrar em produção a partir da próxima década.

Segundo a Equinor, além da produção de petróleo, a companhia quer crescer nos setores de energias renováveis e gás natural. Em 2017, a empresa adquiriu 43,75% do projeto de energia solar de Apodi, em fase e construção no Ceará.

Fonte: Valor

Anterior Para Antaq, setor de portos não pode ser demonizado
Próximo Setor naval fechará quase 80 mil vagas até 2020