Ligação rodoviária entre os litorais do PR e SC é urgente, diz especialista na Sul Export


Uma ligação rodoviária entre os litorais do Paraná e de Santa Catarina é uma das possíveis soluções para melhorar a logística de transportes para os portos da região sul. A defesa foi feita pelo Superintendente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), João Arthur Mohr, durante o Sul Export, Fórum Regional de Logística, Infraestrutura e Transportes.

O Sul Export tem iniciativa e realização do Grupo Brasil Export, apoio institucional do Ministério de Portos e Aeroportos, produção da Bossa Marketing e Eventos e mídia oficial da Rede BE News. O painel Acessos Terrestres aos Portos e Aeroportos também teve presença de André Maragliano, diretor de terminal portuário da Cargill, Felipe Queiroz, diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Ricardo Molitzas, presidente do Instituto Brasil Logística (IBL) e presidente do Conselho do Santos Export. A mediação foi do diretor geral da Rede BE News, Leopoldo Figueiredo.

Segundo Mohr, hoje o acesso aos portos é feito somente pela BR 277. Conhecida como “Grande Estrada”, é uma rodovia com 732,2 km de extensão, início no Porto de Paranaguá e término na Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu.

“Precisamos reduzir o custo logístico. Hoje, 80% das cargas do Porto de Paranaguá são transportadas através do modal rodoviário. Só que o grande problema é que o acesso a Paranaguá é único, pela BR-277, sujeita inclusive a desastres naturais por sua ligação planalto-planície”, disse João.

Segundo ele, este projeto de um novo acesso, pelos litorais, ligando as cidades de Garuva, no nordeste do Estado de Santa Catarina, à cidade litorânea de Antonina, a 50 km de Paranaguá, pelo fundo da Baía de Guaratuba, pode ser uma das soluções para este gargalo.

André Maragliano afirmou que a BR-277, apesar de ter agora uma nova concessionária, a Via Araucária, a concessão da rodovia já foi um avanço por sua modelagem moderna. “Foi uma concessão difícil, mas com modelagem moderna, reformas, uma média tarifária menor. Mas ainda existem muitos desafios”, contou.

Para Ricardo Molitzas, há um grande gargalo de logística, que transborda até mesmo a região. “Temos um grande problema de infraestrutura logística no Brasil que é não ter infraestrutura antes da carga chegar aos portos. Paranaguá, que é um porto essencialmente de granéis sólidos, ter 15% de acesso ferroviário é inaceitável”, pontuou.

O diretor da ANTT, Felipe Queiroz, concordou que há um gargalo no País. “Temos um atraso histórico em infraestrutura, um País terceiro maior exportador de commodities. E com desafios adicionais da geografia do País. A boa notícia é que temos avançado. A nova concessão dos acessos ao litoral do Paraná tem grande aporte. São R$ 11 bilhões e em três anos já teremos obras”, defendeu Queiroz.

 

Anterior Balança comercial: 4ª semana de março tem superávit de US$ 2 bilhões
Próximo Portos do Paraná apresenta os resultados da temporada de cruzeiros no Sul Export