MDIC inicia investigação de dumping contra fibras de poliéster da Ásia


Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex-MDIC) iniciou nesta quinta-feira (21/3) investigação da prática de dumping nas exportações para o Brasil de fibras de poliéster originárias da China, da Índia, do Vietnã, da Malásia e da Tailândia.

O pedido de investigação foi feito pela Associação Brasileira de Produtores de Fibras Artificiais e Sintéticas (Abrafas), em nome das produtoras Ecofabril e Indorama, que respondem por aproximadamente 73% da produção nacional do item.

O MDIC considerou que foram apresentados indícios suficientes de ocorrência dumping na venda dos produtos ao Brasil.  A prática, considerada desleal pela Organização Mundial do Comércio (OMC), ocorre quando um bem é exportado por um preço inferior a um valor de referência, denominado “valor normal” – causando à indústria do país importador.

A investigação pode durar de 10 a 18 meses e, se comprovados os indícios iniciais, pode resultar na aplicação de medida antidumping, correspondente a uma sobretaxa na importação dos produtos.

As fibras de poliéster são amplamente utilizadas na indústria têxtil para a produção de roupas em geral, lençóis, fronhas, tecidos para estofados, carpetes, cordas, lonas e grande variedade de produtos. Devido à sua resistência, durabilidade e capacidade de manter a forma, as fibras de poliéster também são usadas em aplicações industriais, como cintos transportadores e geotêxteis para estabilização de solos.

Investigações

Existem atualmente 12 investigações defesa comercial em curso contra produtos originários de China, Coreia do Sul, França, Colômbia, Peru, Índia, Malásia, Tailândia, Vietnã, Japão, Rússia e Estados Unidos. Clique aqui para ver detalhes.

Já as sanções em vigor somam 79, contra produtos originários de 32 países. Veja a relação aqui.

 

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