Paranaguá recebe o maior investimento portuário do país


Com a expansão, TCP amplia em 60% sua capacidade de movimentação, que passa de 1,5 milhão de TEUs/ano para 2,5 milhões de TEUs/ano

As obras de ampliação do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) que acabam de ser inauguradas receberam investimentos superiores a R$ 600 milhões. Trata-se do maior projeto do setor portuário do Brasil nos últimos anos. Com a finalização dos trabalhos, o cais da TCP (empresa que administra esse terminal) passou de 879 metros para 1.099 metros de extensão e de 40,75 metros para 50 metros de largura.

O empreendimento também iniciou a operação de dois novos portêineres fabricados pela chinesa ZPMC (Shanghai Zhenhua Port Machinery Co. Ltd). Com a expansão e a consequente possibilidade de o terminal operar simultaneamente três dos maiores navios de contêineres – além de um navio de transporte de automóveis – em operação na América Latina, o TCP amplia em 60% sua capacidade de movimentação, que passa de 1,5 milhão de TEUs/ano para 2,5 milhões de TEUs/ano.

As obras incluem, ainda, a extensão da retroárea do terminal, que será ampliada de 330 mil m² para cerca de 500 mil m². O projeto faz parte do acordo de renovação antecipada do contrato de arrendamento do terminal por mais 25 anos, a partir de 2024, assinada em abril de 2016 junto ao governo federal. “Com isso estamos preparados para suportar o crescimento da demanda de exportações, importações, cabotagem e transbordos em nossa área de abrangência pelos próximos 30 anos”, afirma Juarez Moraes e Silva, diretor institucional da empresa.

Desde março de 2018, a TCP integra o portfólio da China Merchants Port Holding Company (CMPort), o maior e mais competitivo desenvolvedor, investidor e operador de portos públicos da China.

Tecnologia

As obras de expansão contaram com tecnologia avançada, baseada em estacas em vez de aterros, o que, além de melhor a qualidade final, garante menor impacto ambiental. “Usualmente, a expansão de um terminal é feita por meio de um aterro sobre o mar, o que gera mais impacto ambiental e menos qualidade final. Em nosso caso, toda a expansão foi feita com base em estacas sob o mar”, explica Moraes e Silva.

O cais de atracação, por exemplo, foi equipado com cabeços duplos de amarração e defensas cônicas duplas, permitindo obras de dragagem de até 16 metros, o que possibilitará operar os maiores navios de contêineres pelos próximos 30 anos. Já a retroárea foi equipada com sistemas de iluminação em LED, três subestações de energia, sistemas de drenagem, sistemas de monitoramento que atendem as mais rigorosas normas internacionais e uma extensa rede de infraestrutura seca preparada para receber, no futuro, a modernização dos equipamentos elétricos de movimentação de contêineres. ν

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