O comércio entre o Brasil e os Estados Unidos somou US$ 55,5 bilhões no acumulado de janeiro a setembro de 2023. O montante representa uma queda de 17,4% em relação a igual período de 2022. Apesar disso, é o segundo maior volume histórico, mostra o estudo Monitor do Comércio, publicado na última sexta-feira (13) pela Amcham Brasil.
Segundo o levantamento, as exportações brasileiras para os Estados Unidos recuaram 4,5% no período. As vendas de produtos industriais brasileiros para os EUA permaneceram praticamente estáveis, com redução de apenas 0,7% – menor que a registrada nas exportações totais deste setor do Brasil para o mundo (-3,1%). Com isso, cresceu a importância relativa dos bens industriais nas exportações do Brasil aos Estados Unidos, passando de 78,5% para 81,6%.
“A redução observada até o momento nas trocas bilaterais está concentrada em alguns poucos setores e por motivos como preços ou situações conjunturais. No geral, o comércio segue dinâmico, com crescimento na maioria dos produtos e perspectiva positiva, sobretudo nos itens de maior valor agregado e intensidade tecnológica”, avalia o CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto.
Considerando os dez produtos mais vendidos pelo Brasil para os Estados Unidos, cinco registraram aumento no valor, com destaque para os equipamentos de engenharia civil, que passaram de US$ 881 milhões para US$ 1,2 bilhão, alta de 40,5%. Também tiveram aumento no valor os produtos semiacabados de ferro ou aço (7,0%), celulose (9,1%), combustíveis de petróleo (106,9%) e sucos de frutas (58,5%).
Importações
As compras brasileiras dos Estados Unidos caíram 26,5% no acumulado de 2023 3m relação a igual período do ano passado. “Esse comportamento é explicado pela redução das compras de bens energéticos, como óleo combustível, petróleo bruto e gás natural, que, juntos, caíram US$ 10,5 bilhões. Ainda assim, as importações brasileiras vindas dos Estados Unidos registraram US$ 28,9 bilhões, segundo maior valor histórico desse indicador”, diz a Amcham.
Entre os 10 principais produtos importados pelo Brasil dos Estados Unidos, houve alta em seis deles, incluindo: motores e máquinas não elétricas (14,6%); aeronaves (13,0%), inseticidas e fungicidas (0,1%), polímeros de etileno (1,9%), instrumentos e aparelhos de medição (22,5%) e outros medicamentos (31,1%).
Fonte: Portal IN
