Exportação de rochas do Brasil aos árabes cresceu 59%


As exportações de rochas ornamentais brasileiras para os países árabes tiveram alta de 59% em 2021 no comparativo com 2020, totalizando receita de aproximadamente US$ 10 milhões. Apesar de não ser um dos principais destinos das rochas ornamentais brasileiras, o setor enxerga com otimismo o resultado das vendas à região. As informações são do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas).

Os principais compradores das rochas brasileiras entre os árabes no ano passado foram Emirados Árabes Unidos, com 48,3% de participação; Líbia, com 30,4%; Catar, com 9,4%; Argélia, com 4,8%, e Iraque, com 2,5%. Os percentuais levam em conta o total embarcado ao mercado árabe.

“O mercado árabe é estratégico para o Brasil com relação às exportações, dado o potencial e o alto consumo de rochas ornamentais na região. Ele é um dos mercados prioritários do It’s Natural – Brazilian Natural Stone, projeto que executamos em parceria com a Apex-Brasil. Entendemos que esta região tem um potencial muito grande e estamos trabalhando em ações de fortalecimento de marca. Um exemplo foi nossa participação na The Big 5 2021. O Brasil é um dos principais fornecedores de rochas ornamentais do mundo e tem se destacado cada vez mais no fornecimento de produtos acabados, atendendo grandes projetos no mundo todo”, disse em nota à ANBA Tales Machado, presidente do Centrorochas.

Exportações gerais

As exportações brasileiras de rochas ornamentais bateram recorde histórico em 2021, superando os valores registrados no período pré-pandêmico. O faturamento do setor foi de US$ 1,34 bilhão. No ano passado, foram embarcados 2,4 milhões de toneladas de rochas brasileiras para 132 países nos cinco continentes, um crescimento de 35,5% em relação a 2020.

Um dos motivos para a alta é a maior segurança dos empresários em exportar seus produtos após a assinatura de convênio setorial firmado entre o Centrorochas e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). As entidades desenvolveram o projeto It’s Natural – Brazilian Natural Stone, que atualmente apoia cerca de 140 empresas, para incentivar as exportações do setor.

Os Estados Unidos aparecem na liderança como maior consumidor das rochas brasileiras, representando 62,7% de todas as exportações. China (11,5%), Itália (6,5%) e México (3,8%) ocupam as posições seguintes. Os quatro países fazem parte dos oito mercados-alvo apontados pelo projeto setorial. Os demais países são Emirados Árabes Unidos, Índia, Reino Unido e Rússia.

“Em um ano com sérias complexidades logísticas, o setor de rochas nacional bateu esse recorde histórico. A credibilidade do Centrorochas junto aos empresários, somada ao cenário mais ameno da pandemia no segundo semestre de 2021, ao desenvolvimento das ações do projeto setorial e ainda ao aquecimento do setor de construção civil mundial, contribuiu para este avanço. Superamos em quase US$ 40 milhões o nosso maior faturamento até então, que havia sido registrado em 2013”, disse Tales Machado, em nota.

“O ano de 2021 foi repleto de desafios, mas juntos soubemos transformá-los em oportunidades e vitórias. É gratificante ver que nossa parceria com o setor de rochas ornamentais produziu recordes nas exportações e, por consequência, gerou mais empregos e renda em benefício de milhares de famílias brasileiras”, informou em nota o presidente da Apex-Brasil, Augusto Pestana.

Fonte: ANBA

 

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