Ministério de Portos e Aeroportos e governo de São Paulo iniciam consulta pública do túnel Santos-Guarujá


Após uma espera de quase um século, a população da Baixada Santista, os turistas e trabalhadores que acessam o maior porto do hemisfério sul serão contemplados com o primeiro túnel submerso da América Latina. O pontapé inicial foi dado na tarde desta quarta-feira (13) no Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), com o lançamento da consulta pública, realizado pelo ministro da pasta Silvio Costa Filho, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e demais autoridades de governo.

De acordo com o ministro Costa Filho, “a obra é fundamental para a gente melhorar a competitividade do Porto de Santos, que representa mais de 30% da corrente de exportação e importação do Brasil. Isso representa mais de 5 mil empregos que serão gerados direta e indiretamente, e que vai atender mais de 100 mil pessoas diretamente”, avaliou.

Com investimento previsto na ordem de R$ 6 bilhões, o túnel Santos-Guarujá, maior obra de infraestrutura do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vai reduzir os custos da produção nacional para o mercado interno e elevar a competitividade do Brasil no exterior. O tempo de travessia entre Santos e Guarujá caíra de cerca de 1 hora para menos de 5 minutos, levando mais qualidade de vida e mobilidade para os moradores. Hoje, cerca de 21 mil veículos atravessam diariamente as duas alças, seja utilizando barcos ou balsas, além de 15 mil ciclistas e pedestres.

Durante o evento, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo do presidente Lula tem um compromisso público com os investimentos em infraestrutura. Para o ministro, “a retomada do PAC marca também um planejamento de estado, que incorpora os planejamentos e os olhares estaduais e municipais. […] A gente vai ouvir do ente municipal e estadual, com a demanda e a compreensão dele e a gente vai compartilhar dos projetos pensados na ponta com o apoio do governo central”, apontou.

Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, destacou que o momento sonhado por todos chegou e que não há mais nenhum desafio a superar. “A tecnologia já é dominada. Temos túneis em outros países. Existem empresas capazes? Existem, tanto nacionais como estrangeiras. Então, não há obstáculo intransponível do ponto de vista de engenharia”, salientou.

Benefício à população

A implementação do túnel Santos-Guarujá trará benefícios imensuráveis também na área socio-ambiental, com a redução do tráfego de caminhões, carros e motocicletas. Para a geração de emprego e renda, a obra representa a criação de quase 9 mil novos postos de trabalhos. O empreendimento também permite que a travessia seja realizada por outros meios como carro, bicicleta, pelo Veículo leve sobre trilhos (VLT).

• 78 Mil pessoas atendidas/dia (número de 2024);
• Alternativas de mobilidade para travessia: carro, ônibus, VLT, bicicleta, passagem para pedestre;
• Geração de 5.900 empregos diretos e 2.800 indiretos durante as obras;
• Redução de cerca de 72.000 toneladas/ano em emissões de CO2e na atmosfera;
• Melhoria da logística da carga de produtos do e para o porto de Santos.

Participação Social

A consulta pública para contribuições e sugestões ao projeto do túnel Santos-Guarujá será aberta nesta quinta-feira (14). As manifestações poderão ser feitas até o dia 3 de maio por meio de formulário disponível no site do Ministério de Portos e Aeroportos (clique no link para acessar). A consulta visa promover o diálogo entre a administração pública e a sociedade, em cumprimento aos princípios da legalidade, moralidade, eficiência, publicidade, transparência e motivação.

Sessões presenciais

Para promover maior diálogo e transparência com a sociedade sobre o projeto do túnel submerso, o MPor realizará três audiências públicas presenciais. No dia 17 de abril, a cidade de Santos recebe a primeira sessão. No dia seguinte, o evento será realizado em Guarujá. Por fim, no dia 19, a sede da última consulta presencial será na Autoridade Portuária de Santos (APS).

 

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