Mundo afora: especialistas dão dicas para as empresas começarem a exportar


Ampliar expressivamente o mercado potencial de clientes, trabalhar com as possibilidades de maiores ganhos financeiros diante de câmbios favoráveis e obter o reconhecimento do mercado como empresa integrante de uma sociedade global. São muitos os benefícios da exportação. E com a devida orientação de especialistas, vender para o mundo afora é uma oportunidade cada vez mais possível também para empresas de pequeno e médio portes, dos mais distintos setores.

“As principais barreiras são o idioma e a compreensão das questões culturais, além da própria operação em si que, em comparação a uma venda no mercado interno, envolve um processo com mais burocracias e com mais etapas. Mas com uma boa estratégia de internacionalização e um bom parceiro  para auxiliar nas operações, a exportação é, sim, um processo totalmente possível e acessível para qualquer empresa”, avalia Larissa Anselmo CEO da Upsell Comex, primeira franqueadora no formato One Stop Shop em soluções de serviço para comércio internacional.

A profissional lembra que a empresa exportadora conta também com benefícios como incentivos fiscais, diversificação e menor exposição a riscos de mercado interno, acesso a padrões de qualidade e tecnologias em nível internacional e a expansão e reforço da marca como empresa internacional. A empresa que passa a exportar, geralmente, obtém ainda melhoria da sua imagem com fornecedores, bancos e clientes e isso se reflete, também, em suas operações no mercado interno. E para quem está dando os primeiros passos na exportação, a Upsell Comex acompanha todo o processo. “Atendemos de forma personalizada todos os clientes que chegam, mesmo os que irão para sua primeira operação de exportação. Auxiliamos desde a etapa inicial com os documentos, até a parte burocrática do desembaraço e pós embarque”, explica Larissa.

Primeiros passos

O primeiro passo para começar a exportar consiste em lidar com as burocracias. A empresa precisa estar regularizada e cadastrada em registros e sistemas específicos da Receita Federal do Brasil. Não importa se é micro ou uma empresa líder de mercado, qualquer uma deve fazer o registro para o processo de exportação, o Radar, sigla para “Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros”. O objetivo do sistema é unificar e monitorar todas as informações do comércio exterior brasileiro. Além disso, o sistema tornou-se um controle prévio que impede procedimentos fraudulentos, como contrabando ou descaminho.

Larissa Anselmo CEO da Upsell Comex

Hoje também existem certificações que são um diferencial do mercado. Por exemplo, a certificação no Programa OEA (Operador Econômico Autorizado) consiste na avaliação do processo de gestão adotado pelo interveniente para minimizar os riscos existentes em suas operações de comércio exterior. Certificação obtida pela Leaderlog, agente de cargas do Grupo 3S CORP.  “Trata-se de um importante diferencial competitivo no mercado, um aval de segurança e confiabilidade”, destaca o CEO da 3S CORP Soluções Internacionais, Lucas Vogt.

Outra dica dos especialistas é dedicar-se a uma correta identificação do mercado-alvo. É preciso considerar, por exemplo, a existência de barreiras comerciais, o risco comercial apresentado pelo país em questão, o custo do frete, a perspectiva de se estabelecer relações comerciais duradouras e não apenas uma venda eventual. Depois das primeiras vendas, outra dica é fazer o follow-up das remessas. O envio da documentação ao banco do importador e o acompanhamento do trânsito da carga e das vendas são fundamentais para uma exportação bem sucedida, garantindo que a carga chegará com total segurança no destino final.

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