Na Suíça, Mapa reforça diálogo sobre práticas sustentáveis adotadas pelo agro brasileiro


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) participou nesta semana de uma missão à Suiça para troca de conhecimentos sobre sistemas alimentares sustentáveis. Segundo a diretora do Departamento de Apoio à Inovação do Mapa, Sibelle de Andrade Silva, a visita foi uma oportunidade de conversar e abrir o diálogo em relação às práticas sustentáveis adotadas na produção agrícola brasileira.

“Existe ainda um preconceito claro da sociedade sobre essa questão da sustentabilidade dos produtos que vêm da América Latina e do Brasil. Pudemos interagir nas apresentações que eles fizeram, falando um pouco mais sobre a realidade brasileira e mostrando que temos sim soluções sustentáveis e muita inovação, e que precisamos ampliar esse diálogo”, disse a diretora. A participação do Mapa foi a convite da Embaixada da Suíça em Brasília e do Departamento Federal de Assuntos Estrangeiros Suíço.

A missão inclui visitas a agências governamentais, universidades e empresas que possuem iniciativas e programas que promovem a inovação alimentar na Suíça, visando enfrentar os desafios da segurança alimentar por meio da ciência e tecnologia, com destaque para a Swiss Future Farm, equivalente a um braço da brasileira Embrapa. O grupo também visitou a escola politécnica de Zurique, onde há pesquisadores trabalhando em parceria com a Embrapa. “A academia suiça conhece a sustentabilidade do agro, mas ainda não comunica isso tão bem com toda a sociedade, assim como temos também o desafio de comunicação no Brasil”, destaca Sibelle.

A missão também foi importante para identificar oportunidades de cooperação entre Suíça e Brasil, especialmente na área de inovação e sustentabilidade. Uma dessas oportunidades é no segmento de startups agroambientais, no qual  o Brasil pode tanto se beneficiar de novos conhecimentos como contribuir com muitas das inovações da agricultura tropical. Em matéria de proteínas alternativas, por exemplo, embora o universo de startups brasileiras ainda não seja tão conhecido pelos suíços, a partir dos contatos estabelecidos na missão projeta-se uma rápida mudança nesse cenário, no médio prazo.

“A agropecuária do Brasil é mais desafiadora, não apenas pelo tamanho do país, mas pela própria riqueza e diversidade do agro nacional. Por isso, todo conhecimento e formas de agregação de valor podem impulsionar o país tendo os profissionais envolvidos, especialmente os pesquisadores, um papel fundamental na criação de soluções inovadoras e sustentáveis, possibilitando a  abertura de novos mercados e fortalecendo as relações comerciais já existentes”, conclui a diretora.

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