Petrobras atinge lucro líquido de R$ 31,1 bilhões no 3T21 em outubro


27,3% menor que o do segundo trimestre do ano. Mas a companhia atinge meta de dívida bruta com mais de um ano de antecedência.

A Petrobras anunciou no dia 28 de outubro (quinta-feira), os resultados operacionais e financeiros do terceiro trimestre de 2021 com lucro líquido de R$ 31,1 bilhões, 27,3% menor que o do segundo trimestre do ano.

Destaque dos resultados para dívida bruta de US$ 59,6 bilhões, antecipando em 15 meses o atingimento da meta. Ebitda recorrente de US$ 12 bilhões, sólido fluxo de caixa gerado como resultado de nossas operações, totalizando US$ 10,5 bilhões. Fluxo de caixa livre de US$ 9 bilhões. Entradas de caixa oriundas de nossa gestão de portfólio, somando US$ 2,4 bilhões no trimestre, além do recebimento referente ao acordo de coparticipação em Búzios dos parceiros CNODC e CNOOC, de US$ 2,9 bilhões. Aprovação de antecipação de dividendos no valor de R$ 2, 44 por ação, em complemento aos R$ 2,42 aprovados no segundo trimestre de 2021. Investimentos de US$ 6,1 bilhões nos nove meses de 2021, com crescimento de 2,2% com relação ao mesmo período de 2020. Ambição de atingir a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa das operações de escopo 1 e 2, e também intenção de influenciar para atingir o mesmo em ativos não-operados, em prazo compatível com o estabelecido pelo Acordo de Paris. Conclusão das obrigações previstas no acordo assinado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ). A Petrobras cumpriu as obrigações, incluindo a evolução do seu programa de integridade e o envio de informações ao DoJ durante os três anos de acordo, que foi atendido integralmente.

A Petrobras diminuiu sua dívida bruta, no terceiro trimestre de 2021, para o valor de US$ 59,6 bilhões. Com o resultado, a companhia atinge, com mais de um ano de antecedência, a meta de US$ 60 bilhões, prevista para o final de 2022. 

No terceiro trimestre de 2021, a receita líquida alcançou R$ 121,6 bilhões, um aumento de 9,8% em relação ao segundo trimestre de 2021, devido principalmente à valorização do Brent de 5%, ao aumento dos volumes e preços de derivados no mercado interno e à maior receita de gás natural e energia elétrica. A receita com derivados no mercado interno foi 18,1% superior ao segundo trimestre de 2021, com destaque para as vendas de diesel, gasolina e QAV.

Em contrapartida, o maior volume de óleo nacional na carga das nossas refinarias levou à redução no volume das exportações, cuja receita líquida no terceiro trimestre de 2021 reduziu 12,7% em relação ao segundo trimestre de 2021. Vale destacar ainda o crescimento de 28,1% das receitas com gás natural e de 75,7% com energia elétrica, tendo em vista a piora das condições hidrológicas e, consequentemente, o maior despacho termelétrico no período.

Em termos da composição da receita no mercado interno, o diesel e a gasolina continuaram sendo os principais produtos, respondendo juntos por 71% da receita nacional de vendas de derivados de petróleo no terceiro trimestre de 2021.

— O cumprimento desta meta, antes mesmo do prazo acordado, mostra o compromisso da companhia com uma gestão técnica e equilibrada. A dívida da Petrobras chegou a mais de US$ 130 bilhões em 2014, valor que era de cerca de US$ 160 bilhões, se levarmos em conta também os afretamentos que passaram a ser considerados como dívida a partir de 2019 com a adoção do IFRS 16. Para muitos, essa dívida parecia impagável e hoje, finalmente, chega a um patamar mais saudável. Todos que fazem parte desta empresa têm contribuído para isso e são responsáveis por esta redução de mais de US$ 100 bilhões em pouco mais de sete anos — afirma Rodrigo Araujo, diretor financeiro e de relacionamento com investidores.

— É com muita honra que me dirijo a vocês para compartilhar os resultados alcançados. Atingimos nossa meta de endividamento muito antes do planejado e estamos dividindo parte das riquezas geradas com a sociedade e nossos acionistas através de impostos, dividendos, criação de empregos e investimentos. Ainda almejamos muito mais para a nossa Petrobras e, portanto, seguiremos trabalhando com afinco e racionalidade, investindo responsavelmente nos ativos mais rentáveis para gerar assim cada vez mais prosperidade — disse o CEO da Petrobras Joaquim Silva e Luna.

No resultado financeiro do terceiro trimestre de 2021, a Petrobras obteve lucro líquido recorrente de US$ 3,3 bilhões. Entre os destaques, estão a geração de caixa operacional e o fluxo de caixa livre, totalizando US$ 10,5 bilhões e US$ 9 bilhões, respectivamente, e Ebitda ajustado recorrente de US$ 12,2 bilhões.

Outros destaques do resultado são o recebimento de US$ 2,9 bilhões dos parceiros no acordo de coparticipação de Búzios e a entrada em caixa de US$ 2,2 bilhões decorrentes da oferta pública da Petrobras Distribuidora, realizada em julho.

O sólido desempenho financeiro do trimestre foi resultado da boa performance operacional. A produção média de óleo, líquido de gás natural (LGN) e gás natural da Petrobras alcançou 2,83 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) no período, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior, mesmo em um cenário ainda de restrições em função da pandemia da Covid-19. O pré-sal atingiu 71% da produção, com destaque para a entrada em operação do FPSO Carioca (campo de Sépia) e para o atingimento do topo de produção do FPSO P-70 (campo de Atapu).

As vendas de derivados no trimestre alcançaram volumes de 1,9 milhão de barris por dia (bpd), 10,7% maiores do que no trimestre anterior, com aumento na comercialização de todos os produtos. A produção de derivados nas refinarias também subiu 11% no mesmo período devido à maior demanda do mercado interno e maior disponibilidade das unidades de refino. Na comparação do segundo e do terceiro trimestre, o fator de utilização das refinarias aumentou de 75% para 85% e, em outubro, chegou a alcançar 90%.

Em 05 de outubro, a Petrobras concluiu com sucesso a parada programada da Rota 1 do pré-sal da Bacia de Santos. Foram adotadas diversas ações para mitigar os impactos associados à redução da oferta de gás, como a ampliação da capacidade do Terminal de Regaseificação da Baía de Guanabara de 20 milhões para 30 milhões de m³/dia e o aumento do volume de GNL regaseificado, que alcançou uma média de 30 milhões de m³/dia no terceiro trimestre, crescimento de 66,7% em relação ao trimestre anterior.

A Petrobras segue empenhando todos os esforços para maximizar a oferta de gás. Como resultado, no terceiro trimestre, a geração de energia elétrica foi de 3.977 MW médios, um aumento de 20,6% em relação ao trimestre anterior.

— Continuaremos atuando com disciplina de capital, investindo em ativos resilientes e com taxas de retorno adequadas, com foco na geração de valor para a sociedade. O resultado desse trabalho é o lucro, mas é bom enfatizar que a Petrobras não persegue o lucro pelo lucro. Nosso objetivo é retornar valor para nossos acionistas e para a sociedade, através de impostos, dividendos, criação de empregos e investimentos, que dentro do contexto da transição energética, devem ser acelerados, principalmente o desenvolvimento no pré-sal — destaca Joaquim Silva e Luna.

Fonte: Fator Brasil

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