Alimentos típicos do Brasil conquistam paladar estrangeiro


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Como tantos outros alimentos característicos do Brasil, o pão de queijo vem sendo aceito pelos paladares estrangeiros e ajuda a incrementar a balança comercial

Que o pão de queijo é uma das iguarias da culinária regional brasileira mais conhecidas no país praticamente ninguém tem dúvidas. O que pouca gente sabe é que ele também faz sucesso no exterior. Assim como a tapioca, o açaí e tantos outros alimentos característicos do Brasil, o pão de queijo faz parte do chamado “mercado da saudade” e vem sendo aceito pelos paladares de países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Botswana, Chile e Uruguai, além de ajudar a incrementar a balança comercial verde e amarela. Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços mostram que o pão de queijo se firmou com um produto de exportação.

Em 2019, a receita da panificação e confeitaria brasileiras somou R$ 95 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), com expansão de 2,65%. De acordo com Rodrigo Portes, analista de produto da Allog, empresa especializada em logística internacional, apesar de ser pensada para atender os brasileiros que moram no exterior, a exportação desses produtos ajuda a atender a grande demanda de consumo pelo mercado latino-americano, a exemplo de mexicanos, porto-riquenhos e colombianos.

A Allog trabalha com exportação de pão de queijo para a América do Norte e países da América do Sul desde 2012. A empresa também é responsável por fazer toda a logística de exportação de alimentos como feijão e arroz de marcas nacionais, muitas delas já incorporadas ao cardápio de brasileiros que deixaram o país e hoje moram nos Estados Unidos. A lista de produtos da indústria de bebidas e alimentos movimentados pela Allog inclui refrigerantes feitos à base de guaraná, além de itens como café, açaí, leite condensado, farofa e açúcar.

Contêiner refrigerado

Por se tratar de um alimento que exige uma logística especial, o pão de queijo viaja em contêineres reefer (refrigerados) de 40 pés a uma temperatura de 18 graus Celsius negativos. “Todo este cuidado permite o controle da temperatura desde a retirada da fábrica no Brasil até a entrega no importador, evitando que sofra alterações bruscas durante o transporte”, destaca Portes.

Rodrigo Portes explica que indústrias do segmento alimentício que buscam atingir o mercado externo podem contar com a assessoria logística da Allog na hora de internacionalizar suas marcas. Para trilhar esse caminho, após ter todas as aprovações e licenças legais, as empresas devem se atentar ao padrão de exigência do mercado importador, que é muito mais rigoroso do que o mercado brasileiro. Países importadores possuem uma padronização internacional como referência, tendo como destaque o controle de rastreabilidade. Eles também prezam pela garantia de que o produto não sofreu qualquer alteração desde a fábrica até o destino. ν

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