ANTAQ disponibiliza estudo que atualiza estimativa de demanda por transporte aquaviário em 2021


Já está disponível no site da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) o estudo que atualiza a demanda de transporte aquaviário de cargas, expressa pelo indicador Tonelada Quilômetro Útil (TKU), realizada durante o ano de 2021.

O levantamento faz parte da Agenda Plurianual 2021-2024 de Estudos da Agência e objetiva trazer as métricas estimadas na navegação interior e de cabotagem. Com a atualização para o ano de 2021, é possível ampliar o conhecimento do fluxo de transporte aquaviário de cargas e o acompanhamento da sua evolução.

De acordo com o indicador TKU, o total transportado no modal aquaviário, em 2021, foi de 322,8 bilhões de toneladas-quilômetros. O maior TKU transportado foi pela navegação de Cabotagem, transportando 266,1 bilhões de toneladas-quilômetros.

Já a navegação interior, de percurso longitudinal estadual, interestadual e internacional, dentro do território brasileiro, registrou 28,6 bilhões de toneladas-quilômetros. Adicionalmente, O TKU da Navegação de Longo Curso em vias interiores, que transporta cargas destinadas ou provenientes de outros países através de rios, contabilizou 28,1 bilhões de toneladas-quilômetros.

Aquaviário e Ferroviário 

Além disso, o estudo também fez um comparativo, no período de 2010 a 2021, do TKU dos modos aquaviário e ferroviário. O comparativo demonstrou uma maior capacidade de transporte em toneladas por quilômetro do modo ferroviário, mas com um crescimento consistente do modo aquaviário, diminuindo sistematicamente a distância entre os dois modos de transporte, ambos adequados para transporte de grandes volumes de carga em grandes distâncias.

Cabotagem

O estudo de TKU referente à navegação de cabotagem mostra que existe a predominância do transporte do grupo de mercadorias “combustíveis, óleos e produtos minerais” nessa navegação. O indicador de contêineres também segue crescendo por causa tanto da renovação quanto da ampliação da frota, com a utilização de embarcações de maior capacidade. Em 2021, foram transportadas 18,5 milhões de toneladas de cargas conteinerizadas na cabotagem, um crescimento de aproximadamente 16% em relação à 2020.

No mesmo ano, o transporte das bacias petrolíferas para os terminais costeiros atingiu 126,6 milhões de toneladas úteis, valor recorde da série histórica iniciada em 2010, e 61,3% do TKU total das rotas de cabotagem de combustíveis e óleos minerais O valor tem aumentado devido ao maior volume de transporte do pré-sal para a costa, e não entre instalações costeiras. Esse padrão reflete uma maior tendência à distribuição por rodovias ou à maior exportação para refino em outros países que, em contrapartida, retorna ao Brasil pelo longo curso.

Navegação Interior

Dentre os seis corredores hidroviários, destacam-se os da Região Hidrográfica Amazônica, pelos maiores volumes de cargas transportadas em relação ao demais corredores hidroviários e pela manutenção da tendência de crescimento de 2010 a 2021.

Já em relação à utilização dos corredores hidroviários do país, destaque para a hidrovia do Rio Madeira, muito utilizada para o escoamento de granéis sólidos agrícolas, produzidos no centro-norte mato-grossense. Pela hidrovia do Madeira, foram transportadas cerca de 4,8 milhões de toneladas de sementes e frutos oleaginosos e 1,8 milhões de toneladas de cereais no ano de 2021, que somados totalizaram, aproximadamente, 6,6 milhões de toneladas. Ademais, em 2021, o corredor registrou aumento em outros tipos de mercadoria, como semirreboque baú, combustíveis e óleos minerais e produtos diversos da indústria química.

Longo Curso em Vias Interiores

Na navegação de Longo Curso em Vias Interiores, o volume de cargas segundo os principais grupos de mercadorias mostra persistente crescimento do transporte de granéis vegetais, neste ano marcado pelo aumento da exportação de soja. Para se ter uma ideia, o transporte dessa mercadoria passou de pouco mais de 11 milhões de toneladas, em 2019, para quase 14 milhões de toneladas em 2021.

Confira o estudo completo na seção Estudos e Pesquisas no site da ANTAQ 

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