Deficit comercial com os EUA explode e em cinco meses é oito vezes maior que total acumulado em 2019


Em apenas cinco meses deste ano, o Brasil já acumulou um deficit mais de oito vezes superior ao saldo negativo registrado em todo o ano de 2019 no comércio bilateral com os Estados Unidos. De janeiro a maio, o desequilíbrio no comércio entre os dois países atingiu a cifra de US$ 3,020 bilhões, contra um saldo negativo de apenas US$ 374 milhões em 2019. Esse é, de longe, o maior deficit registrado pelo Brasil com seus parceiros comerciais em todo o mundo.

No período, as exportações para os Estados Unidos tiveram uma forte queda de 30,15% para US$ 8,548 bilhões, correspondentes a uma fatia de 10,1% das vendas externas totais brasileiras.

Nesses cinco meses do ano, as exportações americanas para o Brasil  apresentaram uma pequena retração de 1,6% e somaram US$ 11,568 bilhões, equivalentes a um percentual de 16,8% das compras brasileiras no exterior. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia.

À exceção do café não torrado, que tiveram uma alta de 6,69%, com uma receita de US$ 400 milhões, todos os produtos que compõem uma relação dos cinco itens mais vendidos aos americanos apresentaram quedas significativas nos embarques para o segundo principal parceiro comercial do Brasil.

Os produtos semiacabados de ferro ou aço, responsáveis por 12% das exportações, tiveram uma queda significativa de 49% para US$ 579 milhões. Igualmente expressiva foi a contração nos embarques de celulose: 34%, o que fez com que a receita caísse para US$ 415 milhões. Ainda mais elevado foi o corte nas vendas de óleos combustíveis de petróleo, que encolheram 49% para pouco mais de US$388 milhões.

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