Exportação brasileira à Jordânia tem integração eletrônica


documentação das exportações brasileiras à Jordânia passará a ser emitida e verificada de forma eletrônica a partir de 15 de setembro deste ano. A migração do processo físico para o digital foi anunciada oficialmente em Amã, capital do país árabe, nesta semana pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e a Alfândega da Jordânia. Na foto acima, reunião com autoridades envolvidas. 

O secretário-geral e o CEO da Câmara Árabe, Tamer Mansour, e o gerente de Tecnologia da Informação da instituição, Marcos Bulgarelli, estiveram na Jordânia para acertar os trâmites, fazer os testes finais no sistema e participar do lançamento. A Jordânia foi o primeiro país árabe com o qual a Câmara Árabe assinou o acordo na área, em 2018. “É uma iniciativa inédita”, disse Mansour à reportagem da ANBA.

Na metade de setembro, assim que a novidade entra em vigor, não haverá mais a necessidade de checagem dos documentos em papel, já que isso será feito de forma totalmente eletrônica. Em alguns casos, os países fazem a digitalização dos documentos, mas ainda assim complementam o processo com a verificação física. Com a Jordânia, tudo vai para o digital.

Na prática, isso significa a implementação do despacho aduaneiro digital. O processo será feito por meio do Easy Trade, sistema de blockchain que faz parte de uma plataforma digital da Câmara Árabe chamada Ellos. Os documentos digitalizados ficam disponíveis eletronicamente para checagem e validação pelas autoridades competentes no país de destino da carga.

Mansour afirmou à ANBA que com a integração haverá um desembaraço mais rápido, fácil e barato. “Reduzirá o tempo de despacho da mercadoria e o custo do papel físico”, disse o secretário-geral. Ele acredita que a facilitação vai incentivar as exportações brasileiras para a Jordânia. Depois dessa primeira fase, começarão os trabalhos para implementar o mesmo processo na outra via, na exportação da Jordânia ao Brasil.

Mais sobre a Jordânia:

O anúncio do projeto teve a presença do diretor-geral da Alfândega da Jordânia, Jalal Qudah, do embaixador do Brasil na Jordânia, Ruy Amaral, e de outras autoridades locais. Entre outros benefícios, Qudah falou que a conexão eletrônica entre as duas partes vai contribuir para facilitar e simplificar os procedimentos da importação e exportação de mercadorias. Ele também disse que a iniciativa está em consonância com a visão do rei jordaniano Abdullah II de fortalecer a parceria entre os setores público e privado.

O Brasil exportou para o mercado jordaniano de janeiro a julho deste ano US$ 142 milhões em mercadorias, especialmente carnes de frango e bovina, milho e café. Já a Jordânia vendeu para os brasileiros US$ 54,4 milhões em produtos como fertilizantes e insumos para fertilizantes, alho e confecções. Houve queda de 1,3% na exportação brasileira à Jordânia e aumento de 126% nas vendas jordanianas ao Brasil.

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