Governo deve dar soluções distintas para melhorar gestão das docas, avalia ABTP


Operadores de terminais portuários acreditam que o governo dará soluções distintas a fim de melhorar a gestão das companhias docas. A Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) vai discutir o tema na próxima terça-feira (19), durante painel da Intermodal South America, em São Paulo. A associação espera que o poder central opte por passar algumas funções críticas das autoridades portuárias para a gestão privada, seja por concessão, seja por privatização — o que poderia ocorrer de forma total ou parcial. Na avaliação da ABTP, também é possível que, em alguns casos, a delegação para estados e municípios seja o caminho mais adequado a ser adotado.

“Não existe uma solução única para todo tipo de docas porque cada uma tem sua complexidade. Mas o governo está com um bom cardápio bom na mão e avaliando”, disse o diretor-presidente da ABTP, Jesualdo Silva, em entrevista exclusiva para Portos e Navios. Ele considera esse assunto de grande impacto para a comunidade portuária na medida em que as companhias docas têm, dentre outras responsabilidades, o dever de garantir acesso aquaviário e terrestre ao porto.

A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) será a primeira das companhias docas a ser incluída no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Na última segunda-feira (11), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu início ao processo de desestatização da companhia. O primeiro passo será a contratação de consultorias técnicas especializadas no setor portuário para realizar os estudos necessários ao processo. O governo já sinalizou que deve avaliar a possibilidade de privatização de outras companhias docas.

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