Mais de 100 navios estão enfrentando atrasos para carregar produtos agrícolas para exportação na Argentina desde segunda-feira, segundo a agência Reuters. O motivo é a greve de inspetores de grãos e trabalhadores do segmento de oleaginosas, que já dura duas semanas.
A Argentina lidera os embarques globais de farelo de soja e é um dos principais países exportadores de soja em grão, óleo de soja e trigo, além de carne bovina.
As negociações entre trabalhadores e empresas exportadoras sobre questões salariais foram interrompidas, com os dois lados acusando o outro de intransigência. “A greve continua sem qualquer expectativa de que as negociações sejam reiniciadas no curto prazo. Temos mais de 100 navios esperando para serem carregados”, disse à Reuters Gustavo Idigoras, chefe da câmara de empresas exportadoras, a Ciara-CEC, que representa as principais tradings que atuam no país.
A greve começou em 9 de dezembro com um chamado da federação argentina dos trabalhadores da indústria de oleaginosas e participação do sindicato Urgara, que representa inspetores de grãos e do SOEA, dos trabalhadores em esmagadores de soja.
“Há uma grande participação de nossos membros na greve, e cada vez que as empresas se manifestam, isso gera mais raiva e muito mais apoio da população”, disse o porta-voz da Urgara, Juan Carlos Peralta, também segundo a Reuters.
Fonte: Valor Econômico
Foto: Marcos Brindicci/Reuters