Porto de Imbituba debate a dragagem de manutenção do canal de acesso


Um dos temas de grande relevância para o Porto de Imbituba e a comunidade em geral, a dragagem de manutenção do canal de acesso, foi discutida na semana passada pela diretoria da SCPAR Porto de Imbituba e colaboradores da Autoridade Portuária.

A dragagem de manutenção é uma atividade que consta no licenciamento ambiental do Complexo Portuário (LAO 4647/2022) e segue sendo realizada de forma quase ininterrupta como uma ação rotineira. A dragagem tem como foco manter a segurança na navegação e a manutenção da profundidade homologada pela Marinha do Brasil.

Basicamente a dragagem consiste na limpeza, desobstrução, remoção, derrocamento ou escavação de material contido no fundo do mar. É importante ressaltar que o despejo do
material dragado acontece em área licenciada, em alto mar, com a autorização do órgão ambiental.

As áreas pré-determinadas para dragagem de manutenção no Porto de Imbituba são: os berços 1, 2 e 3, entre berços, retaguarda do Cais 3, bacia de evolução e o canal de acesso. O volume aproximado a ser dragado foi estabelecido com base nos dados históricos de dragagem e de sedimentação no Porto de Imbituba, assim como em estudos hidrodinâmicos realizados para verificação dos componentes responsáveis pelo transporte de sedimentos e quais os tipos de sedimentos depositados nas áreas dentro da poligonal portuária.

Conforme explica José João Tavares, Diretor de Planejamento e Operações da SCPAR Porto de Imbituba, “a dragagem de manutenção é essencial para o Porto manter seus parâmetros de profundidade adequados à realização de manobras e operações portuárias com segurança”.

“A ação é de extrema importância para mantermos os calados operacionais que hoje são de 11,5 metros no berço 3 e de 13,5 metros nos berços 1 e 2, sendo um dos maiores entres os Portos do Sul do Brasil”, garante Cássia Reis, Chefe do Departamento de Operações Portuárias da SCPAR Porto de Imbituba.

Vale destacar que para a atividade de dragagem de manutenção existe um Programa de Monitoramento específico, definido dentro da Licença Ambiental de Operação do Porto de Imbituba, o qual inclui a biota marinha, qualidade da água do mar e sedimentos marinhos. “A dragagem é uma atividade comum aos portos do mundo, porém isso não quer dizer que ela possa ocorrer sem o devido cuidado e atenção com o meio ambiente” ressalta Camila Amorim, Analista de Oceanografia do Departamento de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da SCPAR Porto de Imbituba.

Conforme explica Marcos Juliano de Souza, Fiscal do contrato de dragagem e atuante no Departamento de Engenharia e Infraestrutura da SCPAR Porto de Imbituba, “a dragagem de um canal portuário se refere ao processo de remoção de sedimentos, detritos, argila, elementos da própria natureza trazidos pela corrente marítima e que acabam parando no leito das praias e entrando na área portuária; isso acaba fazendo que a área de navegabilidade perca profundidade, dificultando a entrada de navios no porto. Desta maneira e para manter ou aumentar a profundidade do canal portuário, a dragagem é fundamental para certificar a qualidade e as condições de navegabilidade das embarcações”.

A dragagem de manutenção terá como foco principal nos próximos meses o canal de acesso do porto, para que as profundidades sejam mantidas.

 

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