O Porto de Imbituba recebeu na última semana o Prêmio Nacional Portos e Navios de Responsabilidade Socioambiental, conferido durante o 15° Seminário Nacional sobre Indústria Marítima e Meio Ambiente, realizado na cidade do Rio de Janeiro (RJ), entre os dias 14 e 15 de maio. O Prêmio reconheceu o Projeto Mar de Letras, desenvolvido em 2018 pela administração do Porto, em parceria com a prefeitura de Imbituba e o Grupo Acquaplan para comemorar os dez anos do Programa de Monitoramento de Baleias-francas.
O projeto vencedor buscou promover a educação ambiental sobre biodiversidade marinha para crianças e adolescentes da Escola Básica Municipal Deputado Joaquim Ramos. Também resultou na produção e distribuição do livro infantojuvenil “A Grande Tempestade”, cuja história e ilustrações foram desenvolvidas pelos participantes da iniciativa.
Ao todo, 10 projetos socioambientais realizados pelo setor portuário nacional disputaram a 2ª edição do prêmio. Após análise por uma comissão julgadora, três finalistas foram convidados a apresentar suas ações durante o evento e tiveram seus projetos avaliados por gestores ambientais, autoridades públicas e profissionais especializados participantes. Os demais portos finalistas receberam uma Menção Honrosa com os projetos “Tartarugas Marinhas no Porto do Açu” e “Itapoá sempre verde”.
Mar de Letras
O projeto capacitou um grupo de 11 estudantes por meio do curso Educação Ambiental e Conservação da Biodiversidade Marinha, promovendo atividades semanais no contraturno escolar. Ao todo, foram ministradas atividades teóricas e práticas sobre baleias-francas e outros cetáceos da região, ecossistemas costeiros, biodiversidade regional, histórico, atuação ambiental e funcionamento do Porto de Imbituba.
O objetivo era levar às crianças e aos adolescentes informações ambientais de maneira divertida, a fim de incentivar a conscientização e o cuidado com a vida marinha. Giseli Aguiar, oceanógrafa da Acquaplan, apresentou o projeto no evento e explica que havia dois desafios: o de popularizar informações científicas e ambientais e a educomunicação – criação de materiais de comunicação para a educação ambiental, com a participação do público alvo. “Nós envolvemos jovens e trabalhamos a educomunicação, e para nós é um desafio. Por isso, a equipe de educação ambiental precisou extrair o máximo para que nós tivéssemos um resultado final positivo”, destaca.
Ao final do curso, os estudantes participaram de dinâmicas para liberar a criatividade, construindo histórias para multiplicar as informações que haviam recebido. Uma delas, “A Grande Tempestade”, foi selecionada para compor um livro infantil. A segunda etapa do projeto consistiu na produção das ilustrações do livro, a partir de uma Mostra de Desenho com os alunos da escola, do 3º ao 9º ano. Hoje, já foram distribuídos cerca de dois mil exemplares da obra para escolas e bibliotecas e em visitas institucionais através do Programa Porto de Portas Abertas, do Porto de Imbituba. A versão em inglês será distribuída aos comandantes e tripulações que acessam o Porto durante a temporada da baleia-franca, que tem início em julho.
