Recorde de calado aumenta competitividade do Porto de Vitória


Um porto mais dinâmico e competitivo. Com o recorde histórico de 12m de calado alcançado nessa quarta-feira (16), após a desatracação do navio Nikkei Sirius, com 49,009t. de escória de alto forno, o Porto de Vitória abre um novo capítulo em sua história de 114 anos: a partir de agora alcança novo patamar, com postura mais competitiva no mercado.

O feito foi alcançado após a homologação da dragagem e derrocagem do Canal de Vitória. Desta vez, no segundo plano de dragagem do porto, as obras aconteceram durante cinco anos, entre 2012 e 2017. As áreas contempladas no projeto foram o canal de acesso, bacia de evolução e berços de atracação. Com o final das obras, foi possível atingir os 14m de profundidade no canal. Na sequência, foi providenciada a nova sinalização náutica.

A meta é ambiciosa. Manobras testes serão feitas com calados de entrada e saída de até 12,50m. De acordo com o diretor de Infraestrutura e Operações, João Cunhalima, existe expectativa de aumento de até 15% no volume de carga transportada, aumentando, assim, a competitividade do Porto de Vitória. Ainda segundo o diretor, o porto continuará a receber os atuais navios e o que muda é a capacidade de embarcar maior quantidade de carga.

Histórico

Para que o processo de dragagem e derrocagem fosse realizado, foram cumpridos vários requisitos de ordem técnica, tais como: definição do local da intervenção, a quantidade de rejeitos para a retirada e até mesmo o tempo de trabalho. Dentre as dragagens mais recentes, foi iniciada uma obra em 1998, porém homologada em 2006.

Mais tarde, novos estudos foram realizados, visando aumentar a profundidade do Canal, já que testes de batimetria — medição de profundidade — constataram que havia 12 pontos com profundidade de 12,50m, podendo ser removidos. A proposta era chegar aos 14m de profundidade na extensão do Canal e melhorar a capacidade dos berços. Assim, em 2012, nova licitação para dragagem e derrocagem foi feita.

Os serviços iniciaram com a remoção de materiais de maior resistência. Foram derrocados 4 mil metros cúbicos de pedra e dragados aproximadamente 800 mil metros cúbicos de rejeitos. As obras foram concluídas em 2017. Em maio deste ano, a Capitania dos Portos liberou a realização das manobras testes. O Porto está autorizado a operar navios com calado de até 12,5m, que será novo recorde de operação.

 

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