Mininistro da Infraestrutura diz que investimentos no Porto de Santos aumentam competividade e diminuem Custo-Brasil


Os investimentos privados previstos no Porto de Santos têm a capacidade de aumentar a competividade das exportações brasileiras no exterior e reduzir o Custo-Brasil, disse nesta sexta-feira (22) o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio. A avaliação ocorreu após passagem pelo terminal STS10, pelo local de construção do túnel submerso entre Guarujá e Santos, além de visita às linhas férreas da região de Outeirinhos e nas obras de extensão e aprofundamento do Cais do Tecon Santos.

Estão estimados R$ 3,285 bilhões no STS10; R$ 3,5 bilhões na construção do túnel submerso e mais R$ 1,5 bilhão da Santos Brasil no Tecon Santos, enquanto R$ 23 milhões já foram aplicados na terceira linha ferroviária de Paquetá. Somados, chegam a R$ 8,308 bilhões. Outra prioridade do Governo Federal para 2022 é a desestatização do Porto de Santos, cujos estudos mostram a possibilidade de o aporte financeiro chegar na faixa dos R$ 16 bilhões durante a duração de contrato.

“Esse investimentos vão garantir que a gente aumente a nossa competitividade, eficiência, e assim reduza o Custo-Brasil”, disse o ministro durante a vistoria. Atualmente, o Porto de Santos é o maior de toda a América Latina. Mas, somando desestatização e o investimento privado em concessões de terminais, tem potencial para se tornar o principal porto em operação no Hemisfério Sul.

Interligação

Na primeira parte da visita, o ministro navegou no canal de acesso do Porto e passou pela área que vai corresponder ao STS10 e também pelo local onde será construído túnel submerso para ligar as cidades de Guarujá e Santos. Um total de 34% das cargas movimentadas no Complexo Portuário de Santos são em contêineres, equivalendo a 3,9 milhões de TEUs no ano de 2017, o que faz com que o porto seja o responsável pela movimentação de 39% das cargas conteinerizadas do país.

O arrendamento do terminal STS10, vai gerar 33.990 empregos ao longo do contrato de arrendamento diretos, indiretos e efeito-renda. Já o túnel submerso, qualificado em dezembro passado pelo Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), é a melhor opção para promover a ligação entre os municípios, pois não impede o crescimento da estrutura portuária nem a movimentação de cargas no local.

A concessão do túnel será licitada separadamente e  vencedor da desestatização deverá reservar R$ 3,5 bilhões em fundo específico para o projeto que eliminará a atual travessia de balsas pelo canal de acesso.

Produtividade

Em funcionamento desde o fim de 2021, o Tecon Santos, operado pela Santos Brasil, tem investimento projetado de R$ 1,5 bilhão até 2031. Com as obras de extensão e aprofundamento do cais, vão aumentar a produtividade operacional, a eficiência energética, a velocidade e o fluxo da operação. A primeira fase do projeto teve um aporte financeiro de R$ 450 milhões.

O Tecon Santos é o único terminal de contêineres da América do Sul com capacidade de receber simultaneamente até três das maiores embarcações previstas para chegar no Brasil, os navios New Panamax, de 366 metros de comprimento.

Otimização

O Porto de Santos em 2021 movimentou 147 milhões de toneladas de bens e mercadorias. Estrategicamente, ele está a 70 quilômetros do maior centro produtor e consumidor da América Latina. Sampaio conheceu o trajeto da futura Ferrovia Interna do Porto de Santos (FIPS), que será essencial para o transportes de cargas pelos terminais.

 

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