Sobrevoo de monitoramento avista 15 baleias-franca no Sul de SC


Objetivo do programa é ampliar o conhecimento acerca da ecologia das espécies frente às atividades do Porto de Imbituba

O primeiro sobrevoo da temporada 2019 do Programa de Monitoramento das Baleias-franca realizado pelo Porto de Imbituba avistou 15 baleias na costa catarinense. Foram seis fêmeas com filhote e três adultos na região de Imbituba e Laguna, sendo Imbituba o perímetro de maior concentração, com 13 indivíduos. O sobrevoo ocorreu entre Florianópolis (SC) e Torres (RS), percorrendo toda a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca. Comparado às avistagens de julho de 2018, o número registrado foi menor, mas está dentro do previsto para o período.

O programa é realizado no âmbito do Plano de Controle Ambiental da SCPar Porto de Imbituba e executado pela empresa Acquaplan Tecnologia e Consultoria Ambiental e o Instituto Australis. O programa faz o monitoramento dos mamíferos marinhos para fazer o censo da população, determinar a sua distribuição espacial e realizar a fotoidentificação dos indivíduos a partir das calosidades únicas que cada animal possui sobre a cabeça.

A pesquisadora e diretora do Instituto Australis, Karina Groch, explica que “o número registrado neste sobrevoo já era esperado, uma vez que ano passado tivemos uma espécie de “boom” de baleias que possivelmente não reproduziram em anos anteriores, dentro do seu ciclo regular de intervalo entre filhotes, de três anos, aumentando este intervalo”.

Desde 2009, o monitoramento coordenado pelo Porto de Imbituba utiliza metodologias de avistagem aérea e terrestre para catalogar a localização geográfica e o comportamento desses animais. O objetivo é ampliar o conhecimento acerca da ecologia das espécies frente às atividades portuárias. O monitoramento no entorno do complexo portuário estabelece controles operacionais, como o Procedimento Interno de Boas Práticas. “Nessa abordagem junto aos comandantes e à tripulação, eu levo informações sobre o comportamento das baleias-franca, mostro o mapa dos limites da APA e também explico como ocorre o monitoramento dos cetáceos no porto”, comenta a oceanógrafa Camila Amorim, analista portuária da SCPar Porto de Imbituba.ν02

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